No domingo das Eleições Municipais de 2024, a cidade de Araripina, no sertão de Pernambuco, enfrentou um cenário comum durante os pleitos: o acúmulo de lixo eleitoral nas ruas, especialmente nas proximidades das zonas eleitorais. Milhares de “santinhos” — materiais impressos com propaganda de candidatos — foram jogados em vias públicas, comprometendo a limpeza urbana e causando transtornos para os eleitores que se dirigiam às seções de votação.
A concentração de papeis foi mais evidente nas áreas próximas aos colégios eleitorais, onde eleitores relataram dificuldades para circular devido ao grande volume de santinhos espalhados no chão. O problema, recorrente em diversas cidades do país, não só afeta a organização e o trânsito de pedestres, como também levanta questões ambientais, já que o descarte inadequado desses materiais pode entupir bueiros e contribuir para a poluição das ruas.
Apesar das campanhas de conscientização feitas pela Justiça Eleitoral e órgãos de limpeza urbana, muitos candidatos ainda utilizam essa prática para tentar angariar votos de última hora, um hábito conhecido como “chuva de santinhos”, que é jogado nas primeiras horas da manhã ou na véspera da votação. Essa atitude fere as normas eleitorais e pode resultar em sanções para os responsáveis, que podem ser denunciados à Justiça Eleitoral por infringir as regras de propaganda.