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Lula indica Haddad a vice-presidente em chapa do PT

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) será candidato a vice-presidente na chapa com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa presidencial da eleição de 2018.

A informação foi confirmada na noite deste domingo (5) inicialmente nas redes sociais do partido.

Pouco antes da meia-noite, lideranças do PT e do PCdoB fizeram um pronunciamento oficial no diretório nacional do PT, no Centro de São Paulo, anunciando o nome de Haddad e a coligação entre os partidos.

“Decidimos conjuntamente, PT e PCdoB, de colocar, neste momento, como candidato a vice-presidente da República, para fazer a representação do presidente Lula durante esse processo tão logo se estabilize a situação dele”, afirmou Gleisi.

Durante a coletiva, Gleisi também anunciou que a candidata do PCdoB à presidência da república, a deputada Manuela D´Avila, foi convidada por Lula para compor a chapa.

“Quero dizer formalmente que o presidente Lula pediu para que eu convidasse o PCdoB para integrar a sua chapa a candidata à presidente da república, indicando e fazendo um convite formal à Manuela D´Avila.”

De acordo com Gleisi, a nomeação de Haddad foi feita para garantir o registro da candidatura de Lula, respeitando o prazo definido pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Os partidos aprovaram o nome de Fernando Haddad para vice e a indicação de Manuela D´Avila para quando terminar o tramite da homologação da candidatura de Lula.

Ao G1 por telefone, a assessoria do PT informou que o acordo prevê que, uma vez encerrados os trâmites da homologação da candidatura de Lula, Haddad abrirá mão da candidatura de vice-presidente em favor de Manuela D´Avila.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) reafirmou que este domingo (5) é oprazo final para a escolha dos candidatos por meio das convenções partidárias, incluindo o candidato a vice-presidente.

A candidatura de Lula foi oficializada na tarde deste sábado (4), durante a convenção nacional do partido, na Liberdade, no Centro da capital paulista. Na ocasião, a legenda anunciou apenas o nome de Lula na disputa, sem revelar quem ocuparia a vaga de vice.

“Viemos aqui para votar no nosso candidato a presidente, Lula. Esse é um momento histórico. Lula é o nosso candidato a presidente da República”, disse Gleisi.

Em carta lida pelo ator Sérgio Mamberti, Lula diz que é a primeira vez em 38 anos que não participa de uma convenção nacional do partido. “Mas sei que estou presente em cada um de vocês”, disse.

“Nós tratamos a nossa gente como solução e por isso o Brasil mudou. Hoje a nossa democracia está ameaçada. Agora querem fazer uma eleição presidencial de cartas marcadas. Excluir um nome que está à frente na preferência do eleitorado em todas as pesquisas. Já derrubaram uma presidenta eleita. Agora querem vetar o direito do povo de escolher livremente o próximo presidente”, diz trecho da carta.

Lula não participou da convenção porque está preso desde o começo de abril, condenado em segunda instância no caso do triplex em Guarujá, a doze anos e um mês de prisão, o que, de acordo com a Lei da Ficha Limpa, o torna inelegível. A questão precisa ser decidida pelo TSE e só deve ser julgada depois do registro oficial, que ocorre até o dia 15 de agosto.

Participaram do evento lideranças do PT, como a ex-presidente Dilma Rousseff, o candidato ao governo de São Paulo pelo partido, Luiz Marinho, o ex-ministro Celso Amorim, o senador Lindbergh Farias, entre outros.

Movimentos sociais e entidades sindicais também marcaram presença, como o MST, o MTST, CUT, Central dos Movimentos Populares, UNE, entre outros.

Em um momento da convenção, todas as pessoas presentes colocaram uma máscara com o rosto do ex-presidente Lula e gritaram em coro: “Eu sou Lula”.

As falas das lideranças políticas do PT começaram com o deputado Paulo Pimenta, líder da legenda na Câmara:

“O Brasil nunca precisou tanto do Lula. (…) O que está em jogo é muito mais que uma eleição presidencial. Não tem plano B, não tem plano C. É Lula livre, candidato e presidente”.

O senador Lindbergh Farias afirmou que “está surgindo um outro PT. Tem que ter um outro programa, mais ousado”. Ele defendeu reforma política, dos meios de comunicação, união da esquerda, novas alianças.

“Se eles impugnarem a eleição do Lula, a gente vai até o fim”, completou.

Durante a convenção, Haddad afirmou não ter dúvidas “de que o cenário está configurado. Eles imaginavam que o Lula não teria prestígio”. “O povo conhece o Lula. E o que nós temos pela frente é uma batalha decisiva. ”

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