A deputada federal Marília Arraes convocou a imprensa hoje em Recife para anunciar seu futuro político. Nesta coletiva a deputada anunciou sua filiação ao partido do Solidariedade e lança sua candidatura ao governo do estado de Pernambuco.
Durante a coletiva ela falou sobre sua luta pelo povo de pernambuco e sobre ter coragem para não se acomodar e segue dizendo que segue no caminho que sempre esteve. Ao ser indagada em chegar agora na corrida eleitoral ela diz que está à uma ano em oposição ao governo e que não é ela que diz, é o povo.
Ainda na coletiva ela foi questionada sobre a posição do solidariedade e de Paulinho da Força durante o impeachment da presidente Dilma, e sobre se aliar ao partido depois deste fato, ela fala que no Brasil e em Pernambuco é hora de aliança.
Marília saiu do PT após sete anos na sigla, a deputada entrou em 2016 no Partido dos Trabalhadores e teve sua ficha de filiação abonada por Lula. Em 2018, se lançou pré candidata a governadora mas o PT resolveu apoiar a reeleição de Paulo Câmara ao governo do estado. Naquele mesmo ano ela se elegeu deputada federal pela sigla com 193.108 votos. Em 2020, concorreu com o apoio do ex-presidente Lula mas contra as ordens do PT pernambucano dirigida pelo senador Humberto Costa á prefeitura do Recife contra o seu primo João Campos (PSB) e perdeu.
Neste ano, Marília foi indicada pelo PT a concorrer pelo senado na chapa da Frente Popular, somente após anunciar a sua saída do partido, o movimento feito pelos petistas não foi o suficiente para convencê-la a ficar no partido.

Ao ser indagada na coletiva sobre ficar no PT e ser candidata ao senado a deputada fala que não sabia que seria o nome do PT ao senado, e que houve uma reunião de emergência para coloca-la como candidata para evitar sua saída do partido.
Uma situação delicada para o ex-presidente Lula que vai receber apoio de dois candidatos ao governo de Pernambuco, mas a questão é, ele vai subir nos dois palanques? A diretoria do PT diz que Lula só apoiara a campanha de Danilo Cabral (PSB), no entanto, na coletiva a candidata diz que sempre apoiou o ex-presidente Lula diferente do PSB que na campanha de 2020 tentou rebaixar tanto ela quanto Lula. Já Paulinho da Força fala que “se em São Paulo o presidente pode ter dois palanques, por qual motivo em Pernambuco não?!” ressaltou o presidente do partido Solidariedade.

Perguntada sobre uma possível chapa com os candidatos Miguel Coelho e Raquel Lira ela diz que não está fora de questão pois no que ela puder agregar para o povo pernambucano, para a sociedade e ao palanque do presidente Lula, ela fará. Ela também fala sobre a força feminina na política pernambucana e fala sobre o seu respeito a candidata Raquel Lira.
Quando questionada sobre seu palanque, Marília fala que será um palanque múltiplo de vários partidos, mas o seu apoio será do ex-presidente Lula.
A saída da parlamentar do Partido dos Trabalhadores deu uma balançada nas estruturas políticas de Pernambuco, que até agora mostrou a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), com 25,8% das intenções de voto. Em segundo lugar estava Miguel Coelho (União Brasil), com 15,6%, seguido por Anderson Ferreira (PL), pré-candidato do presidente Jair Bolsonaro, com 13,6%; Danilo Cabral (PSB), que deve receber o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 11,9%. João Arnaldo (PSOL) e Jones Manoel (PCB) corem por fora.