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Menino de 9 anos hostilizado na Vila Belmiro foi ameaçado de morte e está traumatizado, diz pai

O pai do torcedor de nove anos do Santos Futebol Clube que foi hostilizado na Vila Belmiro após ganhar a camiseta que o goleiro adversário usava disse a imprensa, nesta quarta-feira (10), que ele nunca mais voltará a pedir presentes em estádios devido ao trauma causado pela confusão. O menino chegou a ser ameaçado de morte nas redes sociais após o ocorrido.

O menino, morador de Praia Grande, no litoral de São Paulo, é jogador nas categorias de base do Santos FC e frequenta o estádio desde os três anos de idade. “Somos frequentadores da Vila Belmiro”, garantiu o pai, o motorista por aplicativo Moisés do Nascimento, de 37 anos. “Foi um terror, nunca tínhamos passado por isso. É coisa que vemos só na televisão”.

A confusão começou quando Bruno Nascimento, de 9 anos, foi cumprimentado pelo goleiro do Palmeiras, Jailson, que jogava contra o Santos, em partida disputada no domingo (7). O menino acabou pedindo e recebendo, de presente, a camiseta do jogador, que havia acabado de vencer o Santos por 2×0 (veja vídeo do momento abaixo).

Imediatamente, os torcedores da arquibancada santista se revoltaram com o presente. Aos gritos, eles passaram a agredir Moisés e a tentar pegar a camiseta de volta. Eles foram chutados e foram até mesmo alvo de cuspidas dos torcedores.

“Foi uma coisa muito rápida, não tive reação de mandar ele jogar a camiseta de volta. Foi muito difícil”, relembra o pai. “Muito pânico, terror. O pessoal gritando, cuspindo, mandando pegar a mochila dele”. Pai e filho foram escoltados pela Polícia Militar para fora do estádio.

Moisés revelou que, antes do jogo, havia orientado Bruno a não pedir nenhuma camiseta durante o jogo, mas que a ação do filho não o surpreendeu. “Eu sabia que viria problema [caso ele pedisse]. Mas quando o jogador cumprimentou ele, foi espontâneo”, disse.

“O sonho dele é ser jogador de futebol. Ele tem respeito por todos os jogadores, gosta de vários, de diversos times. Gosta do jeito de jogar, não do time. Ele não é aquele que só gosta do seu time e ofende o rival. Sempre demonstrou carinho e respeito”, contou o pai.

Fonte: G1Noticias

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