InícioAraripina em FocoMensagem de empreiteiro cita repasse de R$ 5 mi para Temer

Mensagem de empreiteiro cita repasse de R$ 5 mi para Temer

O vice-presidente da
República, Michel Temer, foi citado nas manifestações do ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, que embasaram as ações de buscas e
apreensões da Operação Catilinárias, desdobramento da Lava Jato deflagrada na
terça-feira passada. A operação atingiu a cúpula do PMDB. Endereços do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foram alvo de buscas e
apreensões.

Conforme reportagem
publicada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo o procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, ao relatar situações de pagamento de suborno a peemedebistas,
apontou indícios de que o vice-presidente teria recebido R$ 5 milhões do
ex-presidente e sócio da empreiteira OAS, José Adelmário Pinheiro, conhecido
como Léo Pinheiro.
O executivo foi condenado
pela Justiça Federal no Paraná a 16 anos e 4 meses de reclusão por corrupção,
lavagem de dinheiro e organização criminosa. O documento consta nos autos da
Catilinárias, que corre em segredo de Justiça.
Doações

Em nota, o vice-presidente
confirmou o recebimento de R$ 5,2 milhões em parcelas da empreiteira em 2014,
mas disse que foram doações ao PMDB devidamente registradas no partido e na
prestação de contas entregue ao Tribunal Superior Eleitoral. “Houve
depósitos na conta do partido e a devida prestação de contas ao Tribunal. Tudo
já comprovado por meio de documentos. A simples consulta às contas do PMDB
poderia ter dirimido qualquer dúvida que, por acaso, pudesse ser levantada
sobre o assunto”, escreveu Temer, que também é presidente do PMDB.
Mensagens

Segundo a reportagem, a
citação ao pagamento feito a Temer está em uma troca de mensagens entre Léo
Pinheiro e Cunha. O presidente da Câmara teria reclamado que o pagamento ao
vice prejudicou e adiou repasse a outros líderes peemedebistas, que ele chama
de “turma”. A conversa estaria armazenada no celular de Léo Pinheiro,
que foi apreendido no ano passado.
Assim que a Operação
Catilinárias foi deflagrada, Temer recebeu para reuniões em seu gabinete na
Vice-Presidência diversos peemedebistas. Entre eles o ministro do Turismo,
Henrique Eduardo Alves, que foi alvo da operação da Polícia Federal na
terça-feira.
Antecessor de Cunha na
presidência da Câmara, Alves foi indicado ministro pela bancada do partido e
com o apoio de Temer. O ministro ainda não havia ainda sido citado entre os
investigados da Lava Jato no âmbito do Supremo. As informações são do jornal O
Estado de S. Paulo.
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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