esquema desvendado pelo Inquérito 433/2007, da Polícia Federal, também se
prestava à compra de legendas partidárias.
doleiro Jordão Emerenciado, que pretendia usar dinheiro do esquema para bancar
sua candidatura à Câmara do Recife e a de outros políticos de seu partido, inclusive
à Prefeitura da capital pernambucana, com o ex-governador Eduardo Campos, a
quem chamava de “amigo” e com quem empreendia viagens a São Paulo.
433/2007 vinha se mantendo misteriosamente oculto do conhecimento da opinião
pública, por um injustificável e suspeito “sigilo de Justiça”, que só
se admite quando ainda em curso as investigações ou em casos de delações
premiadas. A transparência é a regra no Processo Penal, pois só assim poderá a
sociedade fiscalizar se Inquéritos como o 433/2007 não dormitam em gavetas de
gabinetes, no aguardo de favorecer os criminosos, políticos e agentes públicos
de alta patente, com a prescrição. Até o momento, o destino do Inquérito
433/2007, que traz flagranteado o maior esquema de corrupção já visto em um
Estado da Federação se mantém oculto da população, o que é gravíssimo, em se
tratando de uma democracia, onde os princípios da publicidade, da transparência
e da isonomia e da probidade devem nortear todas as ações estatais).
antever o quanto é inconcebível que até a presente data não se tenha notícia de
denunciados pelos crimes gravíssimos ali flagrados: “Na verdade, a
profusão de Organizações Criminosas, entrelaçadas numa espécie de simbiose,
choca principalmente por apresentar ilimitação, tal quem se nos apresenta o
oceano, quando estamos num barco a vários quilômetros da costa – com sutil
diferença de que, nesse último caso, há água. Choca também pela fonte de onde
retira o seu sustento: O Erário Público. Por último, choca porque evidencia o
completo desinteresse de vários Agentes Públicos para com o “bem
social”, ou algo que o valha.