InícioDestaqueMinistros da Saúde e dos Transportes tomam posse. Outras trocas vêm aí

Ministros da Saúde e dos Transportes tomam posse. Outras trocas vêm aí

O presidente Michel Temer (MDB) começou a semana dando posse a dois novos ministros. A partir desta segunda-feira (2/4), Gilberto Occhi, que estava na Caixa Econômica Federal (CEF), comanda o Ministério da Saúde, enquanto Valter Casimiro Silveira fica à frente da pasta de Transportes, Portos e Aviação Civil.

Em seu discurso, o chefe do Executivo nacional elogiou o ex-ministro da Saúde Ricardo Barros, o trabalho realizado por Occhi no banco e também o titular da Fazenda, Henrique Meirelles. E pediu diálogo e união por parte dos ministros que vão assumir o primeiro escalão. “Acima de todos nós, está o país, bem como as instituições, e por isso o Brasil prosperará”, disse o emedebista em breve pronunciamento.

Occhi assume a Saúde por indicação do PP, partido de Barros (PR), que deixa o cargo para tentar reeleição à Câmara dos Deputados. Na Caixa, a presidência fica agora com Nelson Antônio de Souza. Ele era o vice-presidente de Habitação do banco.

Já Valter Casimiro entregará a direção-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para assumir o comando dos Transportes no lugar do deputado Maurício Quintella (PR-AL), que tentará uma vaga no Senado.

IGO ESTRELA/METROPOLES

Igo Estrela/Metropoles

Michel Temer e Valter Casimiro Silveira, novo ministro dos Transportes

Troca-troca
Essa foi apenas a primeira de várias cerimônias de posse previstas para acontecer até a sexta-feira (7), prazo máximo para a desincompatibilização dos ministros com pretensão de disputar as eleições deste ano. Neste domingo (1º), o presidente da República já oficializou que, no Ministério do Planejamento, sai Dyogo Oliveira – ele vai para o BNDES – e assume Esteves Pedro Colnago.

Henrique Meirelles também é outra saída certa. O ministro da Fazenda irá se filiar ao MDB nesta terça (3), com intenção de concorrer à presidência da República ou ser vice em uma chapa encabeçada por Temer. A pasta deverá ser comandada pelo atual número dois, o secretário-executivo Eduardo Guardia, mas o nome ainda não foi cravado.

Ainda deixarão o governo os líderes das pastas do Turismo, Marx Beltrão, e da Educação, Mendonça Filho. Também há expectativa sobre a saída dos ministros do Desenvolvimento Social, Osmar Terra; de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho; da Integração Nacional, Helder Barbalho; e do Esporte, Leonardo Picciani.

A intenção de Temer com as trocas no comando das pastas não é apenas dar continuidade à política de governo. Ele quer aproveitar o momento para mostrar poder de reação, além de passar a ideia de que não foi afetado pelas recentes prisões da Operação Skala.

Durante a ação da Polícia Federal (PF), dois amigos próximos do emedebista, José Yunes e o coronel Lima, foram detidos. Ambos são suspeitos de intermediar propina para o presidente em troca da chancela do decreto que beneficia empresas do setor portuário.

O Planalto está preocupado quanto à possibilidade da apresentação de nova denúncia contra Temer após a operação. Vale lembrar que, por duas vezes, a Câmara dos Deputados conseguiu barrar acusações do ex-procurador-Geral Rodrigo Janot. Mas aliados do presidente acreditam que, se mesmo uma terceira denúncia for barrada, a existência da acusação diminui ainda mais as chances de reeleição do emedebista.

Fonte: Metropoles/Foto:Divulgação 

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