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Motoristas de aplicativos de transporte fazem paralisação de 24 horas nesta segunda-feira (15)

Nesta segunda-feira (15), motoristas de aplicativos deflagraram uma paralisação da categoria, com perspectiva de interromper os serviços em todo o Brasil.

O movimento é chamado de day-off, ou seja, 24 horas sem atividade. A manifestação começou às 4h de hoje e deve se estender até as 4h desta terça-feira, dia 16.

A categoria reivindica que o valor das corridas seja de ao menos R$ 10 (hoje não há esse limite mínimo), aumento do valor pago pelo quilômetro rodado e redução do percentual das corridas descontado pelas empresas.

Eles querem ainda a cobrança de um adicional para cada parada solicitada pelo passageiro durante uma corrida.

Os profissionais pedem também segurança para trabalhar e fim dos banimentos da plataforma sem justificativa.

A paralisação nacional foi convocada por meio das redes sociais, com participação da Federação dos Motoristas por Aplicativo do Brasil (FEMBRAPP).

O que dizem as empresas
Procurada, a Uber se manifestou sobre a paralisação dos motoristas por meio de nota, na qual informa que a taxa de serviço cobrada dos motoristas parceiros pela intermediação de viagens deixou de ser um percentual fixo em 2018, quando a empresa aprimorou seu modelo para equilibrar as variações entre o preço pago pelo usuário e os ganhos do parceiro.

E acrescentou que, em qualquer viagem, o motorista parceiro sempre fica com a maior parte do que é pago pelo usuário. Como a taxa é variável, existe uma oscilação natural para cima e para baixo porque em algumas viagens o percentual pode ser maior enquanto, em outras, pode ser menor.

“Um motorista parceiro ativo realiza dezenas ou centenas de viagens na semana, por isso a taxa média é mais representativa de quanto ele está pagando pela intermediação. Essa informação é destacada no compilado semanal enviado por e-mail aos parceiros: nas redes sociais, é possível encontrar parceiros que divulgam esses e-mails pessoais e exibem taxas médias inferiores a 5% e até mesmo 2%, por exemplo”.

Na nota, a Uber lembra que, nesta semana, anunciou que vai aumentar mais um nível na transparência e passar a exibir, em todos os recibos de viagens feitas pelo motorista, qual foi a taxa média considerando todas as viagens feitas nas quatro semanas anteriores.

De acordo com a empresa, a média global da taxa de intermediação no quarto trimestre de 2022 ficou abaixo de 20%.

“Parte do que pode parecer ser apenas receita para a Uber vai diretamente para cobrir custos como o seguro oferecido em todas as viagens, custos bancários para o processamento dos pagamentos, e investimentos em suporte e desenvolvimento de tecnologia.”

Já a 99 preferiu se posicionar via Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia (Amobitec). A entidade, que representa outras companhias de serviços por aplicativo, afirmou que “respeita o direito de manifestação e informa que as empresas associadas mantêm abertos seus canais de comunicação com os motoristas parceiros, reafirmando a disposição para o diálogo contínuo, de forma a aprimorar a experiência de todos nas plataformas”.

Fonte: Folha PE

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