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Novo Recife. 6 mil empregos a serem gerados com empreendimento poderiam estar compensando empregos perdidos pela refinaria Abreu e Lima

Na sexta-feira, em Natal, o governador Paulo Câmara, como seus colegas,
reclamam do ministro Joaquim Levy a retomada de obras, para estimular a
economia. No mesmo dia, o IBGE havia divulgados os números do desemprego no
Brasil e o Nordeste brilhou, com uma queda relevante.
O desemprego cresceu nos três primeiros meses do ano e atingiu a taxa de
7,9% no país, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) Contínua, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE).
Entre as cinco regiões, o Nordeste apresentou a taxa mais alta (9,6%).
O anfitrião, o governador Robinson faria, do PSD, reclamou que até o
minha casa minha vida estava parado.
Paulo Câmara observou que a concentração do desemprego estava no Nordeste
e frisou que 35 mil postos de trabalho haviam sido perdidos em Pernambuco.
Disse ainda que a maioria era na construção civil, cerca de 10 mil, e que em
breve esse desemprego iria chegar ao comércio e ao setor de serviços, como uma
bola de neve indesejável.
De acordo com o governador, metade destes empregos perdido teve como
causa as desmobilizações em Suape e a outra metade da crise que afeta as vendas
do setor de construção. Várias construtoras adiaram lançamentos, por não
estarem vendendo nem o que já produziram.
Com as desmobilizações em Suape, na refinaria, cerca de 5 mil
trabalhadores da construção civil sacaram o FGTS mais cedo.
De acordo com as projeções do Consórcio Novo Recife, as obras vão gerar a
criação de 6 mil trabalhadores na fase de construção e outros dois mim
permanentes, quando o empreendimento for concluído.
A conclusão óbvia: se o projeto não tivesse sendo objeto de uma guerra
política, poderia estar ajudando a compensar o desemprego recente de Suape.
Seria interessante que o consórcio que planeja investir ali abrisse um
credenciamento prévio para admitir trabalhadores. Será que daria mais
militantes contra a reurbanização do Cais José Estelita ou desocupados em busca
de emprego?
Números do desemprego no Estado
Em Pernambuco, a desocupação atingiu a marca de 8,2% em março, acima da
média nacional e superior ao trimestre anterior, que foi de 7,6%.
Os setores da construção civil e do comércio puxaram as demissões no
primeiro trimestre do ano no estado e a população desocupada foi estimada em
326 mil pessoas.
Em entrevista ao Diário de Pernambuco, no sábado, a técnica do IBGE Jully
Ponte explica que houve o aumento do desemprego e a redução dos ocupados em
todos os grupamentos de atividades no primeiro trimestre de 2015.
Em Pernambuco, o número de desocupados passou de 303 mil (entre outubro e
dezembro de2014) para 326 mil (entre janeiro e março de 2015). Um acréscimo de
23 mil trabalhadores no contingente de desempregados. Houve o corte de 11 mil
empregos no comércio e de 16 mil vagas na construção civil.

A indústria fechou 2 mil postos de trabalho no trimestre.
Jamildo Melo
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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