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‘O ex-presidente não teve direito a um julgamento justo’, diz advogado de Lula

No dia em que o ex-presidente Lula completou 500 dias na prisão, o seu advogado, Cristiano Zanin, participou de um evento organizado pela Escola Superior da Advocacia de Pernambuco (ESA-PE), no Recife, comentou sobre as expectativas da defesa para reverter a decisão. Para ele, as denúncias de supostas irregularidades na Operação Lava Jato, envolvendo promotores e o então juiz, agora ministro da Justiça, Sergio Moro, divulgadas pelo site The Intercept, que hoje são divulgadas “em parceria com outros veículos de imprensa”, reforçam e confirmam “as violações” apresentadas pela defesa desde o início dos processos dos ex-presidente.

Zanin defende as revelações indicam a imparcialidade dos atores que participaram do julgamento e a necessidade de anulação da decisão. “Desde a primeira manifestação que nós apresentamos pela defesa técnica em 2016, já apontávamos a falta de imparcialidade no julgamento do caso. Nós já dizíamos que não havia um juiz imparcial e que os procuradores que estavam atuando no caso também não estavam observando as garantias da legalidade, da impessoalidade e também da imparcialidade e que o processo estava se desenvolvendo sem a observância do devido processo legal, de forma a chegar num resultado pré-estabelecido, que era a condenação”, pondera. 

No entanto, o advogado acredita na força jurídica de seus argumentos para garantir a liberdade do ex-presidente. “Não se pode ter dúvidas, hoje, depois de tudo que nós provamos e depois de tudo o que foi revelado por essas mensagens, que o ex-presidente não teve direito a um julgamento justo, imparcial e independente. Isso é o que basta para anular todo o processo, restabelecer a liberdade plena do ex-presidente e fazer com que o processo retorne ao seu início para que um juiz imparcial possa analisar e o caso e dar uma decisão efetivamente diante daquilo que consta nos autos, no processo”, explica Zanin.

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