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O primeiro transplante de cabeça da história poderia ocorrer em dois anos

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He claimed that even people such as Professor Stephen Hawking, pictured, could benefit from the technique
Ele afirmou que até mesmo pessoas como o professor Stephen Hawking, na foto, poderiam se beneficiar da técnica
O primeiro transplante de
cabeça da história poderia ocorrer em dois anos, segundo uma reportagem da
revista NewScientist.
É a possibilidade que
estuda uma equipe liderada pelo cirurgião italiano Sergio Canavero, do Grupo de
Neuromodulação Avançada de Turim. O grupo deve apresentar a proposta durante
uma conferência médica nos Estados Unidos neste ano.
Ele afirmou que até mesmo
pessoas como o professor Stephen Hawking, na foto, poderiam se beneficiar da
técnica
A técnica consistiria em
implantar a cabeça de um paciente de doença grave no corpo de um doador que
tenha tido morte cerebral.Em entrevista à NewScientist, Canavero disse que a
cirurgia poderia prolongar a vida de pessoas que sofrem de degeneração dos
músculos e nervos ou que tenham câncer.
Ele disse, porém, estar
ciente de que a proposta gera muita polêmica e que entraves éticos pode ser uma
grande barreira. Canavero prevê ainda que sua equipe enfrenta dificuldades para
conseguir autorização para desenvolver a técnica nos Estados Unidos.
“Se a sociedade não
quiser isso, eu não vou fazer. Mas se as pessoas não quiserem nos Estados
Unidos ou na Europa, não significa que não será feito em outro lugar. Estou
tentando fazer da forma correta. Antes de você ir à lua, tem que ter certeza
que as pessoas o seguirão”, disse Canavero à NewSciencetist.
Técnica
O cirurgião italiano
publicou neste mês uma lista de técnicas que tornariam o transplante possível.
Elas incluem procedimentos
como resfriar a cabeça do receptor e o corpo do doador para evitar que as
células morram sem oxigênio, cortar os tecidos do pescoço e conectar as veias e
artérias maiores a tubos finos e seccionar os nervos da espinha.
Uma das partes mais
complicadas da eventual cirurgia seria conectar os nervos da espinha do corpo
aos nervos da cabeça. O cirurgião usaria uma substância química com polietileno
para fazer as conexões e eletrodos para estimular as novas conexões nervosas.
 Canavero disse também à NewSciencetist que
logo após a cirurgia o paciente passaria semanas em coma e inicialmente seria
capaz de mover os músculos do rosto e falar com a mesma voz que tinha antes.
Porém, seria necessário pelo menos um ano de fisioterapia para que pudesse
andar.
Segundo ele, diversas
pessoas já teriam se candidatado ao procedimento.
Segundo a NewSciencetist,
um procedimento similar foi testado em um macaco nos anos 1970 por outra
equipe.
O animal conseguia
respirar com ajuda de aparelhos mas não podia se mover, pois sua cabeça não
havia sido conectada aos nervos da espinha.
O animal morreu dias
depois devido à rejeição de tecidos.
Chances
A revista ouviu diversos
especialistas na área que se disseram céticos em relação à viabilidade da técnica.
Alguns ressaltaram pontos técnicos difíceis de resolver, tais como a
dificuldade de fazer o paciente passar pelo coma de forma saudável.
Outros levantaram dilemas
éticos, como a possibilidade de que, se der certo, a cirurgia seja usada para
fins cosméticos. Ou disseram que o procedimento pode até se tornar realidade,
mas não em um prazo tão curto.

(Fonte: NewSciencetist)


Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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