Boatos surgiram de que Armando poderia migrar para o PMDB; o PSL se aliou ao governo Paulo Câmara em troca de lugar no governo e na Câmara Federal; FBC e Fernando Filho, podem trocar de legenda para tentar galgar algo maior, mais pretensioso e claro, mas robusto para os interesses dos Coelho; O país assiste inerte o teatro da Comissão de Constituição e Justiça que depois de muitas manobras pagas com o nosso dinheiro, rejeita a denúncia da Procuradoria-Geral da República, que recomenda prosseguimento do processo contra Michel Temer (PMDB) por crime de corrupção passiva. É esse o cenário político em que encontra-se o Brasil ainda aguardando a delação bombástica do ex-deputado Eduardo Cunha para deixar o brasileiro estático diante de uma política suja, marginalizada, sem escrúpulos, maquiavélica, banalizada pela corrupção endêmica que transformou do Oiapoque ao Chuí (do norte ao sul), essa vergonha protagonizada pelos políticos do país.
Não adianta os Bolsonaros da vida ou outras esquisitices que possam aparecer em meio a tanta incerteza, porque agora o que menos queremos são aventureiros iludindo aqueles que pensam em regredir e voltar a um passado mais nefasto ainda. A democracia convenhamos, não deve garantir espaço para os que pensam em retaliar, para os que são preconceituosos, que defendem minorias autoritárias, ou imaginam que podemos resolver as nossas questões da política abjeta, com figuras que pregam um discurso militar, hierárquico, ou belicoso.
Estamos enlutados com tanta desordem que maculam a nossa imagem no exterior e com tantos políticos sem-vergonhas que mesmo envolvidos em roubalheiras, fazem selfies e posam de heróis para os seus admiradores. Não adianta prender um bandido perigoso de colarinho branco e ao mesmo tempo deixar soltos os que cometem e ainda continuam cometendo atos de lesa-pátria da mesma magnitude, porque causa a impressão de que o foco é direcionado apenas para um sentido, quando temos uma depravação política beirando a história bíblica sobre Sodoma e Gomorra, duas cidades destruídas por Deus com fogo e enxofre, devido a práticas de atos imorais. E o Brasil tem sido esse reflexo da imoralidade pecaminosa e devassa representada pelo Poder Executivo, Judiciário e Legislativo. Ambos os poderes republicanos no país representado pelo Governo Brasileiro, pelo Supremo Tribunal Federal, pelo Congresso Nacional (Câmara e Senado) a cada dia de tanta denúncia de corrupção, se mostram apáticos, corporativistas, e enterram as esperanças dos brasileiros com decisões que tornam a nossa imagem mais ridicularizada perante o restante do mundo.
Se existe luz no fim do túnel ainda não vi os seus fachos. Se existe alguém que não apareça na condição de maníaco ou esquizofrênico político, ainda estamos procurando. Se precisamos mudar tudo que fez mal ao país, ao povo brasileiro, devemos nós mesmos começar com nossas atitudes mais comezinhas, desde não furar fila, não receber propina, ensinar os filhos as boas práticas e a ter bons princípios cívicos, para aí iniciar uma mudança que tanto o Brasil necessita. Ocupar ruas, Brasília, Congresso, enfim, se manifestar contra tudo que tem lesado a nossa economia, os nossos empregos, o nosso futuro, precisa de um princípio de que a consciência da assepsia da imundície da política brasileira, passa primeiro pela importância de que também somos limpos.
E tenho dito.
Coluna do Everaldo Paixão – Blog do Paixão