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Papa Leão XIV afirma que dará continuidade às reformas de Francisco, mas não promoverá avanços para fiéis LGBTQIA+ e mulheres

O papa Leão XIV garantiu que seguirá as reformas iniciadas por seu antecessor, papa Francisco, especialmente no que diz respeito à inclusão de fiéis LGBTQIA+ e à maior presença feminina em cargos de alto escalão na Igreja Católica. No entanto, o pontífice descartou avanços na ordenação de mulheres e na mudança da doutrina da Igreja sobre o tema.

As declarações foram divulgadas no livro biográfico Leão XIV: Cidadão do mundo, missionário do século XXI, lançado nesta quinta-feira (18), que traz entrevistas exclusivas com o pontífice, conhecido por sua postura mais reservada em comparação a Francisco.

O Papa Leão XIV foi questionado pela autora do livro sobre a postura da Igreja Católica em relação aos fiéis LGBTQIA+. Em resposta, o pontífice reiterou o compromisso com o acolhimento de todas as pessoas, mas deixou claro que os ensinamentos da Igreja permanecerão inalterados.

“Qualquer questão que envolva questões LGBTQIA+ também é altamente polarizadora dentro da Igreja. E, por enquanto, pelo que já tentei demonstrar e viver em termos da minha compreensão de ser papa neste momento da história, estou tentando não continuar a promover a polarização na Igreja”, afirmou o Papa.

O líder da Igreja Católica destacou que todos os indivíduos serão aceitos e recebidos. “Todos, todos, todos são bem-vindos. Mas não por ser de uma identidade específica. O ensinamento da igreja continuará como está, e isso é o que tenho a dizer sobre isso por enquanto”, concluiu.

O papa também reafirmou sua intenção de nomear mais mulheres em cargos de liderança, seguindo a linha de Francisco, mas descartou a ordenação feminina, considerada uma “questão polêmica” e que não terá mudanças no curto prazo.

Leão XIV, o primeiro papa norte-americano, comentou ainda sobre temas políticos e sociais, manifestando preocupação com a situação humanitária em Gaza e questões dos Estados Unidos, sem, porém, fazer críticas diretas ao presidente Donald Trump ou ao governo israelense.

Sobre os escândalos de abuso sexual na Igreja, o pontífice reiterou a condenação às práticas criminosas, mas também demonstrou preocupação com “falsas alegações contra padres”.

O papa também mencionou os desafios financeiros enfrentados pelo Vaticano e uma preocupação ainda maior com o rombo em seu fundo de pensão. Apesar das dificuldades, Leão afirmou que a situação tem apresentado sinais de melhora. “Não acho que a crise tenha acabado… mas não estou perdendo o sono por causa dela”, declarou.

Fonte: G1

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