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Paulo Câmara é inocente tanto quanto Michel Temer

 

EVERALDO PAIXÃO

Pegando o gancho da Colunista Ruth de Aquino do Site da Revista Época, e comparando com a nota divulgada pelo Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), o discurso é parecido com todos que são pegos com a boca na botija ou são citados nas delações de empreiteiros, que usaram a máquina do estado brasileiro para se locupletar. Por isso, o rombo na previdência, servidores de alguns estados com os salários atrasados, falta de recursos para investir em planejamento, saúde, educação, segurança pública, enfim, reformas apenas para tapar o rombo provocado por eles mesmos.

Não sei se um detectou de mentiras apagaria os lampejos principalmente dos políticos do PSB em Pernambuco, que usam e abusam da máquina pública para obstruir tudo que acreditam seja prejudicial ao partido. Quando Câmara fala de maneira categórica que sobrevive do seu salário, que pertence à classe média (alta) entendemos que seria mais do que justo um político tivesse essa magnitude, e evidente, se isso não implicasse em outras atitudes sórdidas, subterrâneas, praticadas no seu governo, que são desabonadas pelas vítimas da sua incoerência e ingovernabilidade.

Quando também afirma que a delação do empresário da JBS, Ricardo Saud, não corresponde com a verdade, parece repetir a mesma lengalenga do presidente Michel Temer, e como relata a colunista Ruth de Aquino, quando diz que todos se sentem vítimas de conspiração, desde o próprio Câmara, Temer, Lula, Dilma. Aécio, Cunha, Renan, quando são citados em malfeitos. São os lobos que sempre cuidaram do nosso galinheiro.

O governador garante que não usou caixa dois na sua campanha e que todas as doações foram legais, mais até agora os pernambucanos, os brasileiros, não descobriram ainda a caixa preta que esconde muita coisa escusa da Operação Turbulência, que investigava esquema de lavagem de dinheiro envolvendo 18 contas bancárias de empresas usadas para pagamento de campanhas eleitorais do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) em 2010 e 2014. Suspeita-se que o esquema que movimentou R$ 600 milhões, também patrocinou as campanhas de Paulo Câmara ao governo do Estado em 2014, e a campanha de Geraldo Júlio (PSB) a prefeitura de Recife.

A Operação Turbulência ao que tudo indica pelas declarações do empresário Ricardo Saud, voltará ao olho do furação, assim como também pode vir à tona, o caso de um provável envolvimento de Paulo Câmara, Geraldo Júlio, do Senador Fernando Bezerra Coelho, do deputado federal Tadeu Alencar, todos PSB, na investigação de superfaturamento na construção do estádio Arena Pernambuco (com a participação direta de Eduardo Campos, à época governador) que deflagrou a Operação Fair Play, tentáculo da Operação Lava-Jato.

Só para situar o leitor na minha singela explanação, o atual prefeito do Recife, o socialista Geraldo Júlio, era o presidente do Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas (CGPE) e Paulo Câmara, o vice. Eles (o núcleo do governo Campos) que autorizaram a construção da Arena Pernambuco.

Tudo é nebuloso, mesmo que o governador aja como todos os outros que se envolveram em transações ilícitas. Atualmente Câmara virou o queridinho de Temer entre os governadores do nordeste e tudo parecia fluir muito bem, com promessas de que o governo federal iria investir em obras importantes no Estado, entre elas devolvendo a autonomia do Porto do Suape a Pernambuco.

Agora o que temos de concreto é um governador aliado a políticos fanfarrões, meticulosos, que tenta a todo custo provocar a sensibilidade do povo pernambucano e se reeleger em 2018. A prova maior de que inocência passou longe do Palácio do Campo das Princesa, fica bem aqui pertinho da gente: um ex-prefeito que pintou e bordou com o dinheiro que pertencia ao povo, e por ser membro do PSB nunca foi incomodado por ninguém (TJPE, TCE, MPPE); e agora, a esposa, que conseguiu depois de uma suplência que “hipoteticamente” teve um custo muito alto para os araripinenses, manobra como uma representante que nunca foi e nunca será para os araripeanos.

Estão aí a prova de que biblicamente se diria: “dizes com quem tu andas, que te direi quem tu és”.

 

Com a palavra: A JUSTIÇA.

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