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Paulo Câmara participa de primeiro evento público como candidato ao governo do estado

                                 Pré-candidato ao governo do estado, o secretário da Fazenda foi ao 50º Baile Municipal do Recife  ao lado de Eduardo Campos (Nando Chiappetta/DP/D.A Press)
Tércio Amaral
A primeira aparição pública do candidato ao governo de Pernambuco pelo PSB nas eleições deste ano foi um misto de  festa, união e confiança na vitória nas urnas. O secretário da  Fazenda, Paulo Câmara, escolhido entre os socialistas para a  missão, foi o centro das atenções durante o 50º Baile Municipal do Recife neste sábado (22). Ele chegou acompanhado do  governador Eduardo Campos (PSB), do futuro candidato a vice, o deputado federal Raul Henry (PMDB), e do candidato ao senado, o ex-ministro da Integração Nacional Fernando Bezerra Coelho.

Tímido num primeiro momento, Paulo Câmara se mostrou  otismista e declarou que estava pronto para a nova missão. O  discurso foi compartilhado por alguns aliados do próprio partido que, até certo tempo, também disputavam a indicação para  concorrer ao governo. O secretário das Cidades, Danilo Cabral,  por exemplo, chegou abraçar Paulo Câmara em vários  momentos e brincou com alguns jornalistas que estavam  querendo, segundo ele, fazer “intrigas”. O comentário foi referente ao clima de disputa acirrada nas últimas semanas que  incluiam Danilo como um dos favoritos.

“O nome de Paulo Câmara para esta eleição não poderia ser  melhor. O governador Eduardo Campos, que coordenou esse  processo, buscou um nome que unisse e fosse capaz de dar continuidade ao trabalho que vai sendo desenvolvido. Posso dizer que Paulo é um bom candidato, mas também será um  bom governador”, comentou Danilo. Uma das ausências mais  sentidas foi do vice-governador João Lyra Neto, também do PSB,  que estaria magoado por ter sido preterido na escolha do partido. O vice-governador não compareceu ao Baile Municipal e,  até o momento, é uma presença incerta no ato que deverá  oficializar a candidatura de Paulo Câmara na manhã desta segunda-feira (24), no Recife.

“Ele não me disse que não ia. Eu converso com João Lyra, o  governador conversou com ele hoje e eu não sei dessa história  de mágoa”, despistou o presidente estadual do PSB, o secretário municipal e Governo, Sileno Guedes. O governador Eduardo Campos não quis falar de política com os jornalistas e disse que resumiria sua fala ao carnaval. O socialista é pré-candidato à Presidência da República. O chefe da Casa Civil, Tadeu Alencar, manteve uma postura discreta. Não conversou com a imprensa e chegou ao camarote do governo de Pernambuco sem chamar  muita atenção. Ele também foi preterido no processo de escolha do candidato e não teria digerido ainda a escolha do colega.

Com a postura parecida com a de Danilo Cabral, o ex-ministro Fernando Bezerra Coelho demonstrou confiança na vitória de Paulo Câmara. Apesar de ter sido rifado na escolha, até porque Bezerra não escondia de ninguém suas pretensões de disputar o governo, sua presença na campanha este ano será decisiva. Ele
foi escalado dentro do PSB para acompanhar Paulo Câmara  durante a campanha nas agendas do interior do estado. Bezerra disse que seu nome foi escolhido para o Senado porque o  governador Eduardo Campos precisava de alguém que fizesse  dois papéis. Ou seja, um nacional e outro estadual.

“A minha escolha para o Senado envolveu essa questão. O governador precisava de uma pessoa que estivesse nestes dois  campos”, declarou. Sobre seu posicionamento em relação ao PT na campanha deste ano, Bezerra adotou um tom mais diplomático. Disse que não tem nada pessoal contra a  presidente Dilma Rousseff (PT), mas que a gestão enfrenta  problemas administrativos. “Não é nada pessoal contra a  presidente, mas o país perdeu o ritmo nos últimos tempos”. Até o ano passado, Bezerra era ministro da Integração Nacional e  um dos homens de confiança dos petistas.
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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