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PESSIMISMO DA MÍDIA INFLUIU NA PESQUISA IBOPE

Pesquisa CNI/Ibope,
divulgada nesta quinta (19), revelou, entre tantos dados, que a população
brasileira está consciente da forma como a grande imprensa trata o governo da
presidente Dilma Rousseff (PT); quando questionados sobre a percepção do
noticiário sobre o governo, os entrevistados disseram que as notícias recentes
têm sido mais desfavoráveis para o governo; essa é a opinião de 46% dos
entrevistados; manchetes negativas, capas carregadas de sensacionalismo e
colunistas pessimistas dão o tom do noticiário negativo; que peso essa mídia
terá na hora do eleitor decidir seu voto?
247 – Para além dos números da corrida presidencial,
a pesquisa CNI/Ibope, divulgada nesta quinta-feira (19), revelou que a
população brasileira está consciente da forma como a grande imprensa trata o
governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Quando questionados sobre a
percepção do noticiário sobre o governo, os entrevistados disseram que as
notícias recentes têm sido mais desfavoráveis para o governo. Essa é a opinião
de 46% dos entrevistados. Em março último, esse percentual era de 32%. O índice
dos que consideram as notícias sobre o governo mais favoráveis se reduziu de
15% para 11%.
Não é à toa que, entre os assuntos mais lembrados
pela população tratados pela imprensa em relação ao governo federal, segundo a
pesquisa, estão a Copa do Mundo, as manifestações, as greves e casos de
corrupção. São estes os temas prediletos da mídia, mas sempre em tom negativo
para Dilma. Foi assim com o extremo pessimismo da imprensa brasileira com a
Copa, relacionando os gastos com o evento com os investimentos em Saúde e
Educação. Este tema, por consequência, motivou uma série de protestos, que se
espalharam pelo país há um ano.
Os colunistas do pessimismo, como podem ser
definidos Dora Kramer, Merval Pereira e Eliane Cantanhêde, também fizeram sua
parte. Recentemente, a jornalista do Estadão, Dora Kramer, fez uma análise
estranha. Disse que o maior tempo de TV e rádio da presidente na campanha
eleitoral será ruim para ela. Algo estranho uma vez que o maior tempo na
propaganda é o maior objeto de desejo dos presidenciáveis (leia o texto de
Kramer aqui).
Outro exemplo foi um texto recente de Merval
Pereira, do O Globo, que culpou Dilma pelas vaias e xingamentos proferidos
contra ela durante a abertura da Copa do Mundo. Segundo ele, “o estádio
inteiro demonstrou sua insatisfação com a presidente Dilma de maneira
grosseira, porém sincera”. Segundo ele, “essa exacerbação dos
sentidos não ajuda a democracia, mas é preciso salientar que esse clima de
guerra permanente foi instalado pelo PT, que não sabe fazer política sem
radicalização e que precisa de um inimigo para combater (relembre aqui).
Já Eliane Cantanhêde, da Folha, disse, recentemente,
que os partidos que apoiam a presidente Dilma poderiam abandonar o barco da
reeleição. Segundo ela, “o PMDB, o PSD, o PP e o PR estão com ela mas eles
têm imenso instinto de sobrevivência” (aqui).
É diante deste cenário, que se avoluma com manchetes
dos jornais diários e capas das revistas semanais, que a percepção da população
está mais aguçada com a forma como a grande mídia trata os governos,
notadamente os petistas. Resta saber agora que, uma vez detectado pela
população este pessimismo exagerado da mídia, como a população irá se comportar
nas eleições.
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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