InícioAraripina em FocoPM usado como escudo humano em assalto na Cidade de Jaicós relatou...

PM usado como escudo humano em assalto na Cidade de Jaicós relatou momentos de pânico

QBomBom
Policiais compartilharam
no WhatsApp o áudio de uma conversa por telefone entre o capitão Felipe, da
companhia de Paulistana, e o policial Rubens, que foi mantido como refém e
usado como escudo humano pelos criminosos que assaltaram o Banco do Brasil da
cidade de Jaicós, nesta madrugada. No áudio, toda ação é narrada e o PM conta
sobre os momentos de pânico em que esteve no meio do fogo cruzado.
“Negócio aqui esteve
aperriado, graças a Deus eu estou vivo, quatro homens, fortemente armados.
Quando nós chegamos estava o carro deles, um Linea preta, em frente ao Banco do
Brasil. E nós descemos ali pera rua, quando nos aproximamos da quadra o menino
perdeu o controle da viatura, que subiu na calçada, bateu na parede e ali
ficou. Eles atirando, e eu na porta do motorista. Dois tiros, um tiro pegou de
um lado e um do outro. Sai por cima do banco, descemos, ficamos embaixo [sic]”,
inicia o relato, do momento em que chegaram à cena do assalto.
O cabo comenta ainda que o
grupo parecia ser de profissionais, já que nem mesmo as armas eles tinham a
intenção de levar, pois souberam que daria prejuízo aos policiais.

“Eles disseram, vocês
saem, deixam as armas, mãos pra cima, nós não vamos fazer nada com vocês, nós
só quer o dinheiro do governo. Aí botou nós ali naquele paredão ao lado do
Banco do Brasil, no Armazem do Povo (…) Eles queriam levar as armas, aí nós
dissemos, rapaz não leva as armas não, que senão nós vamos pagar. Eles ‘ah,
vocês paga, então não vamos levar, vamos soltar lá na frente’, e soltaram,
deixaram as armas. Só uma pistola que os meninos não estão encontrando [sic]”,
relata.
A informação de que as
armas foram liberadas surpreende o capitão Felipe, bem como a informação sobre
o poderio em armas que os acusados portavam. “Eles tudim, eu acho que era de
556 pra lá. Era arma potente, era metralhadora potente mesmo. Encapuzados, de
colete, de jaqueta, tudo. Diseram ‘nós não quer estas armas de vocês, nós tem
arma [sic]”, conta o policial.
O capitão questiona ainda
sobre o sotaque dos acusados, todos seriam pernambucanos.
Após o assalto, alguns
policiais foram usados como escudo humano e ficaram em meio ao fogo cruzado.
“Quando eles terminaram o assalto, aí foi bala, bala meu amigo. Eles pegaram
nós, e botaram na frente deles, e nós gritando, rapaz é a polícia, não atira. E
atirando… e nós deitamos no chão, e eles não queriam que a gente deitasse, era
pra ficar em pé. Aí concluindo, me pegou e botou em cima do capô. E os meninos
atirando, a polícia mesmo, atirando contra nós, no sentido do banco e nós na
frente dos bandidos. E com a gente em cima do capô saiu ali por aquela rua do Banco
do Brasil, aí soltaram umas armas no balão, e eu em cima do capô, eles passaram
em cima do quebra mola faltou pouco pra eu cair. Aí me soltaram depois do posto
(…) graças a Deus nós estamos vivo”, conta, dizendo que os bandidos mandaram
ele correr, que deixariam as armas.
SOBRE O ASSALTO
O município de Jaicós,
distante 365 km da capital Teresina, viveu momentos de terror na madrugada
desta terça-feira (04/08), após ser invadida por um bando fortemente armado,
prontos para assaltar a agência do Banco do Brasil. A ação teve início por
volta das 2h e teria demorado aproximadamente uma hora.
O vigilante de uma empresa
de segurança que atua na cidade relatou que foi rendido enquanto fazia rondas
em uma rua no Centro, próximo ao banco, e levado até a frente da agência. Três
suspeitos estavam fora da agência, fortemente armados.
A viatura da Polícia
Militar, que também fazia rondas e seguia em direção ao banco, foi recebida a
tiros. O motorista perdeu o controle do veículo e subiu sobre a calçada da
Cooperativa. No veículo e na parede ficaram as marcas de tiros, que demonstram
a violência com que agiram os assaltantes. Os três militares que estavam na
viatura também foram rendidos e tiveram as armas e celulares tomados.
Enquanto o vigilante e os
policiais eram feitos reféns na frente do banco, outros agiam no interior da
agência. Pessoas que moram nas proximidades relataram ter ouvido três explosões
e muitos tiros. Os bandidos não explodiram os caixas de autoatendimento, mas o
cofre da agência.
De acordo com o vigilante,
somente no banco eram oito homens fortemente armados. Eles deixaram a agência
levando sacos, possivelmente com dinheiro, as armas dos policiais e um militar
como refém, que foi obrigado a sentar sobre o capô do carro. O refém levado
pelos ladrões foi o cabo Rubens.
O bando saiu atirando por
onde passou. Eles foram vistos fugindo em um veículo modelo sedan de cor
escura, pela BR 407, no sentido à cidade de Patos do Piauí.
Moradores relataram que
haviam integrantes do bando em diversos pontos da cidade. Foram efetuados
diversos tiros nas proximidades da Delegacia, da Companhia de Polícia e das
residências de autoridades policiais.
Policiais de Jaicós e das
cidades da região foram acionadas em estão em busca aos ladrões. Segundo
informações, o carro utilizado na ação, um Fiat Línea Preto, foi abandonado no
povoado Maria Preta, na divisa dos municípios de Jaicós e Patos do Piauí. O cabo
Rubens, militar levado como refém, foi liberado junto com as armas dos
policiais.
Fonte: 180 graus
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
RELACIONADOS