A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a ação de um casal durante a Marcha das Vadias no último sábado (27), em Copacabana, zona sul do Rio, em que imagens de santos foram danificadas.Eles tiraram as roupas, quebraram as imagens e ainda sentaram na cabeça de uma delas. A marcha ocorreu durante a concentração de peregrinos para a 1ª missa da Jornada Mundial da Juventude com o papa Francisco. O caso é investigado pela 12ª DP (Copacabana).
A edição deste ano reuniu cerca de 1.500 pessoas na orla de Copacabana. As ativistas protestavam contra a política da Igreja Católica e reivindicavam o Estado laico. Durante a marcha houve, distribuição de camisinhas, mulheres se beijando e cartazes a favor do aborto.A ação do casal que quebrou as imagens não teve relação com as organizadoras do evento, segundo nota em sua página do Facebook. “Tínhamos o compromisso com a segurança das pessoas e fizemos tudo o que esteve ao nosso alcance para garantir isso, seja de quem estava apenas marchando, seja de quem estivesse performando. Acreditamos e defendemos a liberdade de expressão artística, religiosa, de consciência, de pensamento, de crítica, de vestimenta, e todas as liberdades civis individuais e coletivas garantidas pela Constituição Cidadã de 1988”, dizia o texto.
O artigo 6º da Constituição diz que “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercíciodos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”.
O artigo 208 do Código Penal prevê pena de prisão de um mês a um ano, ou multa, para quem “vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”.