O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) — considerado a prévia da inflação oficial do país — ficou em 0,57% em abril, informou nesta quarta-feira (26) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice desacelerou na comparação com março, quando ficou em 0,69%. O acumulado do ano é de 2,59%. Em abril de 2022, o IPCA-15 foi de 1,73%.
Com os resultados, o IPCA-15 acumulou 4,16% na janela de 12 meses. É a primeira vez em que o indicador fica abaixo de 5% desde fevereiro de 2021. Trata-se também uma redução em relação aos 5,36% anotados no mês passado.
Os números ficaram um pouco abaixo das expectativas de mercado. Em pesquisa da Reuters eram esperadas altas de 0,61% no mês e de 4,20% em 12 meses.
Em abril, o resultado anual entrou no intervalo das metas de inflação do país. A meta é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O índice é um dos parâmetros usados pelo Banco Central (BC) para definir a Selic, a taxa básica de juros do país.
Mas a expectativa de economistas é de uma retomada da inflação no segundo semestre. Segundo o boletim Focus desta semana, a estimativa de inflação em 2023 está em 6,04%, acima do teto da meta.
Todos os nove grupos pesquisados pelo IBGE tiveram alta no mês, com maior variação vinda do grupo de Transportes (1,44%). O resultado ainda é consequência do aumento nos preços da gasolina (3,47%), depois da reoneração dos impostos federais em cima do combustível que vem desde março.
Veja abaixo a variação dos grupos em abril
- Alimentação e bebidas: 0,04%
- Habitação: 0,48%
- Artigos de residência: 0,07%
- Vestuário: 0,39%
- Transportes: 1,44%
- Saúde e cuidados pessoais: 1,04%
- Despesas pessoais: 0,28%
- Educação: 0,11%
- Comunicação: 0,06%
Fonte: G1