Um protesto das senadoras de oposição interrompeu a votação da sessão que votaria a reforma trabalhista no plenário do Senado nesta terça-feira. Como elas ocuparam todos os lugares da Mesa Diretora, não havia lugar para o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) se sentar.
Sem conseguir assumir seu lugar, Eunício suspendeu a votação por volta das 12h e mandou apagar as luzes do plenário. Ele disse que a votação será retomada “quando a ditadura permitir”.
Acompanhe ao vivo a votação da reforma trabalhista no Senado:
15:21 – João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, afirma que os sindicalistas foram impedidos de entrar no auditório. “Fomos todos barrados.” Segundo ele, há a possibilidade de a proposta retornar para a Câmera com alterações do Senado, contrariando a vontade inicial do governo de votar o texto sem mudanças.
15:04 – Senadora Fátima Bezerra (PT-RN) conversa com a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) sobre a proposta governista para encerrar o protesto: “A proposta é que a gente consiga votar uma emenda que diz respeito ao trabalho de grávidas em local insalubre”, afirma Fátima. Se isso de fato ocorrer, o texto aprovado na Câmara sofreria alteração no Senado, o que faria a proposta voltar para análise dos deputados, atrasando a tramitação da reforma.
14:45 – Gleisi afirma que vai interromper a transmissão de seu live no Facebook porque precisa carregar a bateria do celular. O live tem mais de 10 mil compartilhamentos.
14:44 – Deputados de oposição, como Luiza Erundina (PSB-SP) e Ivan Valente (PSOL-SP), parabenizam as senadoras de oposição que adiaram a votação da reforma trabalhista
14:28 – Uma das possibilidades em estudo é que a sessão de votação seja retomada a partir das 16h. As luzes continuam apagadas.

(TV Senado/Reprodução)
13:42 – Paim disse às senadores que ocupam a Mesa que há uma proposta de acordo para que o protesto seja encerrado. “Pelo menos desistiram de fazer a sessão de votação em outro lugar”, afirma Gleisi
13:38 – O senado Paulo Paim (PT-RS) chegou à Mesa e disse para as senadoras de oposição que a votação pode ser adiada para depois do recesso parlamentar, que começa no dia 18.
13:27 – O deputado Marco Maia (PT-RJ) ocupa o lugar da senadora Gleissi Hoffmann (PT-PR) na Mesa Diretora: “ação dessas guerreiras foi fundamental para impedir a votação da reforma trabalhista”, diz ele.
13:22 – A senadora Gleissi Hoffmann (PT-PR) transmite ao vivo o protesto das parlamentares de oposição, que ocupam a Mesa Diretora do Senado. No vídeo, as senadoras criticam a tentativa de votar a reforma em um momento de “anormalidade do país”. “Não vamos sair daqui. É a volta da escravidão”, afirmam elas enquanto almoçam.
13:06 – Em seu perfil no Twitter, o Senado informa que Eunício convocou reunião para definir a retomada da votação
12:55 – O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) diz que oficiais de Justiça querem retirar à força as senadoras de oposição que ocupam a Mesa Diretora do Senado
12:15 – Parte das luzes do plenário foram apagadas após o presidente do Senado, Eunício Oliveira, suspender a sessão por não conseguir tomar o seu lugar (leia mais)
12:06 – O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) suspende a sessão enquanto não conseguir ocupar seu lugar na mesa, no qual se revezam senadoras da oposição
11:56 – A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) discursa contra a reforma. Ela diz que os deputados votaram sem saber o que votavam e se arrependeram, mas o Senado sabe o que vai analisar
11:47 – A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) discursa contra a reforma, dizendo que ele destroi a CLT. “O projeto, tal qual veio da Câmara, fará o Brasil retroceder ao tempo da escravidão”, diz
11:41 – Senadora Gleisi Hoffmann diz que recebeu informação que a tropa de choque está a caminho do Congresso, e pede ao governo do Distrito Federal que não impeça os trabalhadores de se manifestarem
11:37 – No momento, não há ainda o número necessário de senadores presentes (41) para a votação ser iniciada
11:34- A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) critica uma cartilha feita pelo governo federal para explicar os principais pontos da reforma, que não esclarece pontos como o trabalho autônomo. “Muitos senadores e senadoras se arrependeram porque votaram sem conhecer o projeto e agora sofrem pressão das suas bases”, diz
11:24 – A senadora Gleisi Hoffman (PT-PR) diz que o Senado não tem legitimidade para votar a matéria, pois ela não foi discutida com os trabalhadores. “Desconheço um senador aqui tenha feito um panfleto, um discurso, defendendo que mulheres grávidas podem trabalhar em ambientes insalubres”, exemplifica.
11:18 – O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) diz que não há condições políticas de votar a reforma um dia após leitura do parecer da CCJ autorizando abertura de processo contra Temer no STF. “Essa reforma trabalhista não pode ser votada no dia de hoje”, disse
11:15 – O senador Paulo Paim (PT-RS) discursa contra a reforma e diz que os senadores não podem se omitir