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PSB deve manter projeto presidencial no bastidor

Abordar a candidatura de Eduardo neste momento poderia prejudicar a sigla (Foto: Wagner Ramos)

Por Jumariana Oliveira
Da Folha de Pernambuco
Apesar das colocações críticas do governador e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, em relação ao Governo Dilma Rousseff (PT), expostas na última terça-feira, através de uma nota pública, os socialistas destacam que o partido não vai retomar a discussão de um projeto presidencial, pelo menos por enquanto. Internamente, interlocutores do governador preferem negar que o atual cenário pode beneficiar a sigla na eleição do próximo ano. A versão é de que o partido vai continuar ajudando a presidente Dilma a vencer os obstáculos de 2013. Os socialistas reforçam que há alguns meses a legenda falava da necessidade de discutir rumos estratégicos para o País, mas que não foi ouvida.
Os correligionários do governador reforçam que o socialista estava certo quando insistia na tese de que é possível fazer mais pelo Brasil. “Todo mundo queria jogar o PSB para a oposição, mas Eduardo dizia que era preciso ganhar 2013”, destacou um socialista. A estratégia do partido é evitar falar sobre eleição este ano, já que esse assunto no momento poderia prejudicar a imagem do partido diante da sociedade. “Quem falar nisso agora vai se perder”, opinou a fonte, em reserva.
Nos bastidores, ainda há o sentimento de que a presidente Dilma demorou muito a iniciar o diálogo com a base aliada e que essa atitude, agora, só fez prejudicar a sua imagem. “Ela nadava na aprovação de 70%, mas agora caiu na real”, comentou um interlocutor de Eduardo. No PSB também existe a impressão de que a presidente não vai conseguir conter a base aliada nas votações do Congresso, sobretudo no que tange assuntos referentes à reforma política. Os temas sugeridos por ela para serem avaliados num possível plebiscito não são de consenso de todos os governistas e isso poderá gerar mais dor de cabeça à petista.
Ainda de acordo com o socialista, a consulta popular sugerida pela petista poderá não ser realizada este ano. Além do tempo curto, a falta de consenso com os diversos pontos que englobam a reforma política pode prejudicar o andamento do processo. O partido ainda tem a convicção de que temas sugeridos pela presidente, como a forma de financiamento de campanha, podem gerar antipatia da população. O PT tem interesse pelo financiamento público, mas essa sugestão ainda não é entendida por grande parte da sociedade, que de antemão rejeita a proposta.
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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