Enquanto no cenário nacional pensa-se urgente em uma aliança poderosa para combater Lula e Bolsonaro, que sempre aparecem liderando as pesquisas de intenção de voto, isso incluiria os partidos PMDB, PSDB, DEM, PPS, PSB, PP, PR, PRB, PV, em Pernambuco o PT tenta se aliar aos socialistas para ampliar sua base que ainda se mantém fortalecida no estado.
Quando o petista João Paulo, então candidato ao Senado por Pernambuco, esteve em Araripina fazendo discurso de oposição ferrenha ao governo socialista que governa o Estado, eu estava lá ouvindo a historinha da sua vida, de menino pobre que virou prefeito duas vezes de Recife, saindo inclusive com a aprovação que o levou a câmara federal pelo partido em 2010.
Nunca me passou pela cabeça que a aliança que tanto abominavam, está prestes a virar fato consumado, já que para os políticos, “política é arte de fazer alianças”. Estranho para nós, não para eles.
Na entrevista de João Paulo ao Folha de Pernambuco, ele mencionou em momento algum a ideia de que uma candidatura própria ao Governo em 2018, já materializada no nome da ex-socialista, Marília Arraes (PT), é abraçada com firmeza pelos representantes do partido no estado.
Marília Arraes vislumbrava um território fértil para lançar sua candidatura, na expectativa de ser uma terceira via numa disputa que poderia ser definida entre duas forças: a Frente Popular encabeçada pelo governador Paulo Câmara (PSB) e a Frente de Oposição, liderada pelo senador Fernando Bezerra Coelho, pelos ministros Mendonça Filho, Fernando Filho e Bruno Araújo.
Pobre Marília!
Se depender do ex-prefeito João Paulo e do Senador da República, Humberto Costa, os planos dela podem ser frustrados. As decisões que serão tomadas pela dupla, acredito que já arquitetada nas coxias do partido, podem tentar neutralizar ou dificultar sua candidatura, e assim, noivar e marcar o matrimônio com o PSB de Paulo, de Geraldo, de Tadeu Alencar… O teatro da cerimônia será no Palácio do Campo das Princesas, onde também provavelmente deve ser montado o balcão de negócios.
Mas convenhamos, que tudo pode acontecer ainda nesse longo período que demarcará território, dependendo claro, da configuração da política de alianças nacional.
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