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QUE SAUDADE DOS PROFESSORZINHOS

Eu queria aproveitar esse momento, ou melhor, dizendo, o dia do professor, para de forma nostálgica lembrar dos tempos do colégio, do científico, do magistério (que conclui em 1999), do primário, e deles, os professorzinhos, eternos, que sempre descrevo como fonte de minha inspiração.

A primeira foi dona Ziza Cordeiro, que ensinava o primário, 1ª a 4ª séries. Quem lembra?

Ainda me recordo de alguns colegas de turma adotados de forma preciosa por dona Ziza, que era meio rabugenta no sentido carinhoso da palavra, rígida e exigente. Jane (a mais rica e mais bela da turma), Jucier (irmão de Jane), e muitos outros que não consigo mentalizar agora, mas que na hora do recreio no Colégio Padre Luiz Gonzaga (era assim como conhecíamos), eram o tempo todo monitorados pela nossa querida professora Ziza.

Foi com dona Lali, professora de português, educada, fina, que aprendi um pouco de dissertação e redação, e ela sempre me chamava ao seu birô para corrigir sussurrando as palavras ditadas que eu havia errado e que precisava melhorar a escrita. No início do ano a minha nota em redação tinha apena ficado em 5,5. Ao final do ano eu consegui atingir 8,5 pontos. Um feito incrível em se tratando de nota em prova corrigida por uma das educadoras mais competentes e compenetrada que tive o prazer de ser aluno. Saudades! Só saudades!

E como não se lembrar de Marinildes, minha professora de ciências no científico; Dona Graça Pereira mestra em geografia; Dona Eunice Arraes, a nossa educadora bilíngue; José Ramos, o nosso mestre em física; Marcone Falcão, o craque em química; Adalgisa, Marcílio, Jânio e Ramalho, as feras em matemática; Dona Marta Nilda, a nossa historiadora; Dona Filomena (a Filô) dos ensinamentos religiosos; Dona Vilani Batista, que mostrava como funcionava o comércio; Professor Elísio Jaques, que mostrava os caminhos das Práticas Agrícolas.

Eh, saudade!

De Dona Icléia, que aprendemos a fazer muitas artes com sua Educação Artística, o que está em falta no nosso currículo escolar como prática incentivadora, assim como Educação Moral e Cívica (EMC) e Organização Social e Política Brasileira (OSPB).

E a Educação Física que a nova reforma tentou de maneira atabalhoada abolir do currículo, quem lembra dos professores nos anos 80?
Merandulina (Cirlê) e Darlan eram aqueles que incentivavam à prática esportiva de maneira atrativa e todos os anos os jogos escolares faziam parte das atividades anuais como um divisor de água no calendário escolar, atraídos principalmente no incentivo às notas dos boletins dos alunos. Era uma corrida para melhorar e estimular a qualidade do ensino se apropriando das atividades escolares e esportivas como um combustível a mais para melhorar os índices dos indicadores escolares.

Dona Assisinha, dona Dalva, Alcione, Telma Carvalho, Heluzana Valverde (sempre amiga e atenta para ouvir os nossos desabafos), e tantas outras e outros que educaram uma geração de pessoas que estão também aí na labuta, com essa profissão tão maravilhosa e que um dia sonhei para mim, mas não fui corajoso o suficiente para seguir em frente, que resta-me apenas lamentar e parabenizar esse batalhão de construtores que primam pela grandeza de fazer um país melhor para todos os brasileiros.

Um abraço aos que vivem…

…Aos que se foram também e que deixaram plantada essa semente chamada EDUCAÇÃO.

PARABÉNS A TODOS VOCÊS.

Por Everaldo Paixão

Damião Sousa
Damião Sousa
Diretor de Jornalismo e Marketing
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