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Recife: Ironia e cobranças marcam ato pela “Ressurreição” da TV Pernambuco

QBomBom
Integrantes do Fórum
Pernambucano de Comunicação (Fopecom) realizaram um ato público na frente da
Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pela “ressureição” da TV
Pernambuco nesta manhã de terça-feira (09/12/14). Com cartazes, carro de som e
até “caixão”, a principal cobrança feita pelos participantes do ato foi para
que a TV Pernambuco fosse contemplada com recursos que viabilizassem seu
funcionamento como emissora pública de televisão, com capacidade para produzir,
transmitir produção independente e, de fato “pegar” em todos os municípios do
estado. Há dois anos, um aporte de R$25 milhões foram prometidos pelo então
secretário de Ciência e Tecnologia Marcelino Granja.  O dinheiro até hoje não chegou e a situação
da TVPE é lamentável:  os transmissores
estão sucateados, de modo que o sinal não chega com qualidade em grande parte
dos municípios do estado. Um detalhe: 
até 2017, todas  estações de
Pernambuco devem ter transmissão digital, o que torna ainda mais urgente o
investimento na TV Pernambuco.
Além da promessa não
cumprida, o investimento de R$ 100 milhões de reais anuais em publicidade
veiculada em meios privados causa revolta na sociedade, considerando que o
discurso do governo é sempre de que não há dinheiro para ser investido em
comunicação.  “Enquanto falta
transparência de um lado, sobra descaso do outro. Não é possível que o governo
não atente para a importância da comunicação como política pública”, disse
Renato Feitosa, do CCLF.
O descaso do legislativo
com a comunicação em Pernambuco vai além das TVs públicas: a votação na
Comissão de Constituição e Justiça do projeto de Lei (PL) nº 2164/2014, que
obriga o poder executivo a utilizar 5% do orçamento de mídia para apoiar meios
de comunicação alternativos e independentes, estava prevista para hoje e seria
acompanhada pela Associação dos Blogueiros de Pernambuco (ABlogPE), porém e foi
adiada, devendo entrar na pauta  apenas
na semana que vem.
Sebastião José da Hora
trabalha perto da Alepe como comerciante e reclama que na Guabiraba, onde mora,
a TV Pernambuco não funciona como devia, “o canal 46 sempre fica um chiado. A
Globo só passa novela, fica nessa chatice, quero mudar, mas não posso, ficamos
sempre presos nisso”. Ele afirma ainda que gosta de TV pública, assiste a TVU
sempre que pode.
Em 2015, o Fopecom irá
retomar a pauta da comunicação pública, procurando incidir sobre os poderes
legislativo e executivo de modo a TV Pernambuco possa ter investimentos
suficientes para cumprir sua missão. “Vamos buscar uma audiência com o novo
governador Paulo Câmara.  Não acreditamos
que ele compactue com esse estado de abandono da emissora pública”, opina Ivan
Moraes Filho, também do Centro de Cultura Luiz Freire.
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Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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