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Renan diz que MDB deixou de ser partido e virou ‘um bando’


“Viramos um bando. Deixamos de ser partido.” Foi assim que o senador Renan Calheiros (AL) definiu a mudança protagonizada pelo MDB, um dia depois da decisão da bancada de abandonar a candidatura de Simone Tebet (MS) à presidência do Senado para apoiar Rodrigo Pacheco (DEM-MG), em troca de cargos. As mensagens de Renan, que era adversário de Simone até há pouco tempo, foram postadas pelo aplicativo WhatsApp no grupo de senadores da sigla.

Na sua avaliação, o MDB “cristianizou” Simone e virou “pedinte”, com a bancada “mendigando” uma conversa com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para receber “carguinhos como favor”. “É o fim melancólico para quem liderou a Casa e agora foi rebaixado para a Série D”, escreveu Renan, que foi presidente do Senado em uma época na qual o partido também estava à frente da Câmara.

Abandonada pelo seu próprio partido na disputa pela presidência do Senado, Simone Tebet (MDB-MS) criticou nesta sexta-feira (29) alguns dos seus companheiros de bancada, afirmando que parte do MDB cedeu à “tentação do fisiologismo, do toma lá dá cá”.

A senadora também fez duas críticas ao governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), afirmando que busca desestabilizar as instituições e que tem um projeto de perpetuação no poder. Tebet também afirmou que a política armamentista do presidente Jair Bolsonaro é para dar “suporte a uma estrutura de confronto”.

Tebet participou na manhã desta sexta-feira de evento virtual com lideranças femininas. Participaram personalidades políticas, do judiciário e militantes partidárias.

“Eu, como qualquer mulher brasileira, não me curvo fácil. Não foi fácil receber essa missão [a candidatura pela bancada do MDB]”, afirmou a senadora.

“Mas mais difícil do que receber essa missão foi saber que, no meio do caminho, uma parte do meu partido cedeu à tentação do fisiologismo, do toma lá, dá cá dos cargos e optaram por espaços na Mesa [Diretora do Senado] ao invés de espaço de luta, da luta história do MDB”, completou.

Jornal de Brasília / Imagem: Reprodução

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