A Igreja Católica anunciou nesta quinta-feira (08) a escolha de seu novo líder: o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost. Aos 69 anos, ele assume o papado sob o nome de Leão XIV, tornando-se o primeiro papa dos Estados Unidos na história da Igreja.
Prevost é uma figura respeitada dentro do clero, com uma trajetória marcada por compromisso missionário e visão internacional. Conhecido como o “pastor de duas pátrias”, ele ganhou destaque por seu trabalho no Peru durante os anos 1980, período em que se dedicou à missão religiosa em comunidades locais. Essa vivência lhe conferiu fluência em espanhol e um entendimento aprofundado da realidade eclesial da América Latina — qualidades vistas como fundamentais para aproximar ainda mais a Santa Sé das Américas.
Antes de sua eleição, Leão XIV ocupava o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos, um dos órgãos mais estratégicos do Vaticano. De lá, teve papel decisivo na nomeação de bispos ao redor do mundo, o que o colocou no centro das decisões e do futuro da Igreja global. Essa experiência foi considerada crucial por cardeais eleitores, ao evidenciar sua liderança, sensibilidade pastoral e conhecimento profundo da estrutura e dos desafios da Igreja contemporânea.
A escolha de um papa com raízes norte-americanas e atuação marcante na América Latina sinaliza uma possível nova ênfase no diálogo intercontinental dentro da Igreja Católica. O pontificado de Leão XIV pode representar um equilíbrio entre tradição e renovação, com atenção especial às comunidades do sul global, ao mesmo tempo em que reforça a presença do catolicismo nos países de língua espanhola e inglesa.
Com a escolha de Leão XIV, os fiéis esperam um papado que una continentes, promova a justiça social e dialogue com os desafios modernos sem perder o espírito pastoral que sempre marcou sua trajetória.