Rodoviários impedem, na manhã desta quarta-feira (9), a saída de ônibus de garagens de empresas. Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a medida é uma fiscalização da aplicação da portaria 167/2020, que garante a presença do cobrador nos ônibus do Recife e da Região Metropolitana, que entra em vigor nesta quarta.
Ainda de acordo com o Sindicato dos Rodoviários, as primeiras empresas a receberem a fiscalização são Caxangá, Metropolitana, Transcol e Pedrosa. “[O sindicato] circulará em todas as empresas da RMR”, diz a entidade em nota oficial.
Os ônibus estão sendo liberados para rodar apenas com a presença do cobrador, segundo o sindicato.
No Terminal Integrado Xambá, em Olinda, na Região Metropolitana do Recife, não havia ônibus por volta das 7h30. Segundo o sindicato, os coletivos do terminal são basicamente todos da Caxangá, empresa na qual apenas uma linha tinha cobrador e mais de 50 permaneciam na garagem.
Em nota enviada à reportagem, a Urbana-PE, sindicato que representa a classe patronal, informou que foi “surpreendida com mais uma paralisação ilegal do transporte público realizada pelo Sindicato dos Rodoviários”.
“[O sindicato] está impedindo a saída dos ônibus de algumas garagens da Região Metropolitana do Recife. As empresas estão tomando as providências necessárias para assegurar a operação de todas as linhas programadas para esta quarta-feira (9)”, diz a Urbana.
O sindicato ainda reitera “que as suas associadas têm cumprido todas as cláusulas referentes ao dissídio coletivo da categoria acordadas em mediação promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho”, acrescenta.
Por fim, a Urbana-PE, informa que questionou o Grande Recife Consórcio de Transporte sobre a aplicação e abrangência da Lei nº 18.761/202, tendo a Procuradoria do Estado de Pernambuco (PGE) se manifestado sobre a sua inaplicabilidade no Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife.
“Logo, a reestruturação de cerca de 67% da frota de ônibus, isto é, 1616 veículos, não pode ser realizada de forma intempestiva e sem as garantias legais de que será mantida”, completa a entidade.
Folha de PE / Imagem: Reprodução
