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Silvio descarta aproximação com socialistas

Crítico ferrenho à gestão do PSB no Estado, o líder da oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Silvio Costa Filho (PRB), descartou, ontem, qualquer possibilidade de compor palanque em 2018 com os socialistas.

Em entrevista à Rádio Folha FM 96,7, Silvio Filho avaliou que as movimentações entre petistas e socialistas, de fato, vêm evidenciando uma aproximação. Contudo, ele adianta que não seguirá o caminho se o PT estiver alinhado ao projeto de reeleição de Paulo Câmara (PSB).

“Não há possibilidade do PRB marchar para Paulo Câmara, até porque é um projeto que eu não acredito, que não dialoga com o futuro de Pernambuco”, afirmou, ressaltando que a decisão do partido sairá no começo de 2018 e será feito com base na linha programática.

O deputado voltou a defender o nome do senador Armando Monteiro Neto (PTB) para o Governo, mas considerou que ainda é cedo para definir as composições.
Com essa postura, o parlamentar coloca mais embaraço no futuro político do clã Costa. Isso porque, o deputado federal Silvio Costa (Avante), seu pai, já se lançou pré-candidato ao Senado e aposta na benção do ex-presidente Lula (PT).

O ex-presidente Lula, por sua vez, em visita recente ao Estado, fez um gesto à ala socialista que foi interpretado como um passo de aproximação. “O ex-presidente Peron dizia que a política não se aprende, se compreende. Todos os movimentos que estão sendo dados pelo ex-presidente Lula, e também os movimentos que foram dados pelo próprio PSB, sobretudo o PSB nacional , sinalizam para a reabertura do diálogo e para um possível entendimento”, avaliou Silvio Filho, ironizando os adversários, afirmando que eles estão vivendo crise de identidade, “sem rumo e sem direção”.

Mas não é só com a movimentação do PT que os Costa encontram dificuldade para compor em 2018. As recentes movimentações do também aliado e porta-voz da oposição no Estado, Armando Neto, com o DEM e PSDB, também colocam Silvio pai e filho em situação desconfortável, uma vez que eles são críticos das duas legendas no plano nacional.

Edilson
As últimas movimentações do cenário político local, também levaram o deputado Edilson Silva (PSOL) a declarar apoio ao nome de Marília Arraes (PT) como candidata ao Governo do Estado. O parlamentar, que vai trabalhar para se reeleger na Assembleia Legislativa, defendeu uma aliança entre partidos de esquerda em Pernambuco, a exemplo de PCdoB, PDT e PT para fazer frente à gestão de Câmara.

Com a possibilidade de acontecer uma aliança entre PT e PSB, desde que o ex-presidente Lula visitou Renata Campos na semana passada, o projeto de Marília no PT ficaria ameaçado, já que o alvo principal da vereadora é o PSB. Quando saiu do PSB, Marília, inclusive, considerou se filiar ao PSOL, mas nos bastidores fala-se que as diferenças com o próprio Edilson inviabilizaram o gesto.

Na tribuna, Edilson se desvinculou do grupo político formado entre os ministros do governo Temer, que se apresenta como uma nova oposição à gestão do PSB. “O governo Câmara, no nosso entendimento, é insuficiente, fraco. Mas, nem por isso o povo de Pernambuco merece uma alternativa essencialmente de direita, conservadora”, afirma o deputado.

Anderson Bandeira e Ulysses Gadêlha

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