Sob pressão dos próprios aliados no Congresso, o governo descartou nesta quinta-feira (3) realizar um plebiscito sobre a reforma no sistema político brasileiro para valer nas eleições de 2014. A ideia que mais ganha força é que seja realizada uma consulta popular sobre a reforma política no segundo turno da disputa eleitoral do próximo ano, com validade para as eleições de 2016. A decisão foi anunciada pelo vice-presidente Michel Temer e o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) após se reunirem com oito líderes de partidos aliados na Câmara. O governo nega que haja a construção de um discurso político para tentar uma saída honrosa após ver a proposta do plebiscito para 2014 ser derruba pela própria base aliada. O vice-presidente, no entanto, admite que o plebiscito possa ser inviabilizado se o Congresso Nacional se antecipar e conseguir aprovar uma reforma política antes da consulta. “É muito provável até, nós chegamos a discutir isso, o ministro José Eduardo Cardozo discutiu isso conosco, é muito provável que o Congresso Nacional possa vir a formatar um projeto de reforma política”, disse. “A força motora de todo esse movimento é a ideia da reforma política e se ela for, digamos, adequada às aspirações populares, quem sabe até não se pensa plebiscito, mas essa é uma ideia descarta no momento”, completou.