Em busca de consolidar a sua candidatura presidencial, o governador e presidenciável Eduardo Campos (PSB) apresentou sua primeira proposta para a sua plataforma de campanha para a Presidência da República. Diante da crise no sistema prisional do estado do Maranhão com a barbárie no presídio de Pedrinhas, em São Luís, o socialista divulgou em sua página oficial no Facebook que pretende lançar o programa de combate à violência Pacto Pela Vida para o País.
O gestor cobrou engajamento da União na causa e disse que é preciso parar com “o jogo de empurra-empurra” das responsabilidades dos entes federativos. “É preciso que União, Estados e Municípios assumam de vez suas responsabilidades sobre a segurança pública. Não dá para ficar nesse jogo de empurra-empurra. Temos mais de 50 mil homicídios por ano, no Brasil. É mais que todas as guerras que assistimos todo dia no noticiário”, destacou.
O presidenciável adiantou que o objetivo é apresentar os detalhes da proposta pela página virtual nos próximos dias. “Quero lançar aqui a proposta de levarmos o Pacto pela Vida para todo o Brasil. Trata-se de uma iniciativa inovadora que fizemos em Pernambuco, construída junto com a sociedade e em articulação permanente com municípios, Ministério Público e Poder Judiciário”, afirmou.
O governador fez questão de enaltecer o desempenho do Pacto Pela Vida em Pernambuco apresentando os resultados obtidos na sua administração. Segundo o gestor, o Estado é o único a reduzir os índices de violência por sete anos seguidos. “Quando lancei o programa Pacto pela Vida, no primeiro ano do meu Governo em Pernambuco, Recife era a capital mais violenta do País. Hoje, apenas sete anos depois, estamos comemorando uma redução de mais de 60% dos homicídios na cidade e de 40% em todo Estado”.
Ontem, o governador esteve reunido com a provável vice na chapa presidencial socialista Marina Silva (PSB) para debater as diretrizes do documento programático da aliança com representantes do PSB e Rede. O texto base será apresentado no próximo dia 30 deste mês. Ainda não há local definido para o ato. No entanto, o programa de governo só será concluído em junho.
“O documento apresentará o posicionamento político sobre o País e as questões econômicas e sociais, além de um roteiro de trabalho com as atividades estratégicas do partido até o início das eleições”, relatou o secretário-geral do PSB Nacional, Carlos Siqueira.
Da Folha de Pernambuco