
com a fosfoetanolamina sintética, substância conhecida como “pílula do
câncer”, foi aprovado pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do
Conselho Nacional de Saúde (Conep/CNS). A substância se apresenta com potencial
para curar o câncer, mas ainda não foi testada em seres humanos e não tem
liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser usada
como medicamento.
necessária para a realização de testes em seres humanos utilizando a fórmula.
Segundo a Conep, a liberação foi feita no último dia 4, e, após a análise de
todo o protocolo de análises clínicas, a comissão sugeriu apenas que “não
haja limitação de ressarcimento ao participante da pesquisa”, referindo-se
à verba utilizada para transporte e alimentação dos pacientes.
Saúde informou que “não foi notificada sobre a aprovação e aguarda o
parecer da Conep, inclusive, para saber se todos os requisitos para o
desenvolvimento do protocolo de pesquisa foram atendidos”.
professor aposentado Gilberto Chierice, do Instituto de Química da Universidade
de São Paulo (USP) em São Carlos, a fosfoetanolamina sintética tem sido o
centro de polêmicas após relatos de que seria capaz de curar pacientes com
câncer. Durante anos, foi distribuída gratuitamente, mas, até o momento, não há
comprovação científica de que tem eficácia.
passado, a Secretaria Estadual de Saúde anunciou que os testes com a substância
seriam realizados em quatro hospitais de referência, entre eles o Instituto do
Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), com a participação de até 1 mil
pacientes. O investimento informado na época foi de R$ 2 milhões.
dez pacientes serão submetidos ao teste de segurança de dose. Caso eles não
apresentem efeitos colaterais, grupos de 21 pacientes para cada tipo de câncer
selecionado vão tomar a pílula. Dez tipos de câncer serão submetidos ao
tratamento com a substância: cabeça e pescoço, mama, colo uterino, próstata,
estômago, fígado, pulmão, pâncreas, melanoma, cólon e reto.