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Transfusão pode transmitir zika e põe doações de sangue sob análise

O Ministério da Saúde e a Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) se reúnem nesta quinta-feira, 17, em Brasília
para discutir a adoção de novas estratégias para garantir a qualidade do sangue
usado em doações no País. O encontro foi precipitado diante da constatação,
feita pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), de um caso de
transmissão de zika vírus por meio de uma transfusão.
A primeira medida já está definida. Postos de
coleta devem reforçar os cuidados na entrevista com candidatos a doadores de
sangue sobre a ocorrência de sintomas relacionados à zika – febre baixa,
coceira e manchas pelo corpo. Caso esses sintomas sejam apresentados, a doação
não deve ser realizada. Essas regras, que já existem, podem ficar mais claras,
na avaliação de alguns técnicos ouvidos pela reportagem.
A transmissão do zika teria acontecido no mês
de março e seria a primeira identificada no Brasil. Embora não seja o primeiro
registro na literatura mundial de risco de infecção por meio de sangue, o
episódio despertou a atenção de autoridades sanitárias. O diretor do
Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio
Maierovitch, avalia que, no primeiro momento, o cuidado na entrevista de
seleção de candidatos a doação de sangue é o mais importante. Outra medida
considerada essencial é reforçar as recomendações tanto para doadores quanto
para aqueles que receberam o sangue.
No caso da ocorrência de algum problema de
saúde, é preciso entrar em contato com o hemocentro responsável. Tais medidas
permitem maior vigilância e controle sobre eventuais problemas que possam
ocorrer. Foi assim, por sinal, que a Unicamp identificou o primeiro caso de
transmissão. O doador teve algumas queixas depois da doação, comunicou o
hemocentro, que se encarregou de identificar e avaliar o paciente que recebeu a
bolsa. “Tal episódio mostra como o sistema é bastante seguro”, disse.
Maierovitch avalia não haver, neste momento,
necessidade de se adotar uma estratégia se incorporar testes de zika nas bolsas
de sangue. “Temos um caso. Seria precipitado.” Para ele, o ideal,
neste momento, é reforçar a vigilância.
Antes da doação de sangue, o candidato a doador
é submetido a uma série de perguntas. Somente são aceitas aquelas pessoas que
atendem a quesitos que vão desde faixa etária e peso até a ocorrência de
doenças e uso de vacinas. A dengue já integra a lista de limitações. Pessoas
que apresentaram sintomas da doença não podem doar, pelo menos até quatro
semanas depois da cura da doença. Candidatos com febre também são recusados.
“Hoje já há uma série de recomendações que ajudam a evitar o risco de
transmissão do vírus por meio da transfusão”, disse Maierovitch.
Testes
A triagem é o primeiro passo. Bolsas de
sangue são testadas para uma série de doenças infecciosas, como HIV e
hepatites. Maierovitch informou que não há tecnologia atualmente disponível
para realização de testes que identifiquem o zika nas bolsas de sangue doado.
“Conhecimento para desenvolvimento do teste, no entanto, está disponível.
Neste momento não é essa a prioridade.”  Fonte: Com informações do Uol
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Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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