– e já causou 75% dos casos de doenças respiratórias registrados no país esse
ano, além de ter sido a causa da morte de mais de 70 pessoas só no Brasil. Todo
ano, a epidemia de gripe retorna, geralmente no inverno. Em 2016, porém, ela
chegou mais cedo, e os médicos ainda não sabem ao certo o porquê. Mas calma,
não é o fim do mundo: basta aprender a se proteger, saber mais sobre as formas
de transmissão e ficar atento aos sintomas para conseguir tratar a doença o
mais rápido possível.
qual a diferença?!
é simples: “Influenza” é como é chamado o vírus da gripe. Só que existem três
tipos: A, B, e C. O Influenza C é a gripe comum, e não causa nada além daquele
mal-estar chato. Já os tipos A e B são mais preocupantes, pois podem causar
epidemias sazonais. A onda de H1N1 é culpa só do tipo A – e por outras
pandemias, como a grupe suína e a aviária.
morre de H1N1, mas não de gripe comum?
de gripe comum, sim. Mais até do que de Influenza A. De acordo com o Ministério
da Saúde, pelo menos 2 mil pessoas morrem todo ano por causa de complicações da
gripe comum, como pneumonia. A diferença é que o Influenza A é um vírus
relativamente novo, para o qual nosso sistema imunológico ainda não está
preparado. Mas pode ficar tranquilo: a maioria dos casos de H1N1 é benigna, ou
seja, as pessoas, em geral, não morrem disso. Quem tem problemas imunológicos –
como portadores do HIV ou crianças muito novas – corre maior risco, e é por
isso que elas fazem parte dos grupos que recebem a vacina primeiro.
transmitida?
os olhos para dar aquela acordada no ônibus? Pois é: não faça isso. O H1N1 é
transmitido principalmente pelas mãos – quando você toca em um objeto
contaminado e depois mexe na boca, no nariz ou nos olhos, por exemplo.
Lembre-se: qualquer objeto pode estar contaminado, mas em espaços de grande
circulação pública, as chances de contaminação são ainda maiores. Não à toa,
maçanetas e seguradores de ônibus e metrô são campeões em contágio. O Influenza
A também pode ser transmitido pela tosse, por espirros ou pelo contato com a
saliva de alguém contaminado.
muito parecidos com os da gripe comum: febre alta (acima de 38ºC), calafrios,
tosse violenta, falta de ar, dor de garganta, dores muito fortes pelo corpo,
falta de apetite, vômitos e diarreia. A única diferença em relação à gripe
normal é a intensidade dos sintomas – a gripe H1N1 deixa você bem mais fraco.
Por isso, a recomendação é procurar um médico assim que surgirem os primeiros
sinais da doença, o que pode demorar entre 3 e 5 dias após o contágio.
sistema público?
contra a gripe acontece todo ano, no final de abril. Por conta da epidemia
antecipada deste ano, os postos de saúde já começaram a campanha de vacinação –
que vai até o dia 20 de maio. Só que nem todo mundo tem direito à vacina
gratuita, apenas pessoas nos grupos de risco: crianças de 6 meses a 5 anos,
gestantes, idosos, profissionais da saúde, povos indígenas e pacientes com
doenças que comprometam a imunidade. É possível pagar pela vacina, os preços
variam de 70 a 110 reais.
contra o que, exatamente?
trivalente e a tetravalente. A primeira protege contra dois tipos de Influenza
A, entre eles o H1N1, e outro vírus do tipo B. Esta pode ser aplicada em bebês
com mais de 6 meses de idade. Já a tetravalente protege contra tudo isso e mais
um tipo de Influenza B – e pode ser usada somente depois dos 3 anos.
passado, preciso tomar esse ano também?
vacina tem validade de 1 ano. Os vírus se adaptam a cada ano, mais ou menos, e
ficam resistentes à vacina antiga.
vacina?
alergia grave a ovo ou se já teve alguma reação alérgica à própria vacina, a
recomendação é não tomá-la.
que age contra os vírus Influenza. Ele só é indicado nos casos em que realmente
há suspeita de H1N1. Se confirmado, a pessoa precisa tomar esse remédio por uma
semana, duas vezes ao dia. Ele é distribuído de graça pelo governo, mas também
pode ser encontrado em farmácias.
é que eu faço?
mãos na boca, olhos e nariz. Tente lavar as mãos sempre, com água e sabão ou
álcool gel, principalmente quando chegar da rua. O Ministério da Saúde também
recomenda que apertos de mão, abraços e muita proximidade sejam evitados nessa
época de grandes chances de contágio. Manter uma alimentação saudável e ter o
sono em dia também são ações que ajudam a manter a imunidade lá no alto.