Clientes e usuários dos serviços bancários da Agência da Caixa Econômica de Araripina no Sertão Pernambucano, estão se sentindo prejudicados no acesso aos serviços prestados pela instituição devido a venda de vagas nas filas. Com o fim do pagamento do auxílio emergencial a prática de colocar cadeiras e pedras em frente ao banco continuou e a cobrança de valores financeiros oferecidos a quem procura por esse tipo de negociação na maioria dos casos não é aceito pelos demais cidadãos que vão até a agência resolver pendências.
Em contato com a redação de jornalismo um dos nossos internautas demonstrou o seu descontentamento com essa prática que está ocorrendo na cidade. Veja o depoimento dele: “Hoje tinha quatro pessoas vendendo vaga na fila da caixa, acho que isto é injusto, pois muitas pessoas acordam cedo e vem de cidades vizinhas como Marcolândia e Trindade. Eu trabalhei de 7 horas da manhã de ontem a 7:00 de hoje, e quando fui procurar resolver algumas pendências minhas na Caixa, procurei me informar com um rapaz sobre o final da fila, ele me disse que era logo mais atrás, e assim fui até ao final dela, mas percebi que entre as pessoas tinha cadeiras bancos e pedras marcando vagas para quem queria comprar. As pessoas me falaram que já era a terceira vez que ia na agência e não conseguia entrar nela. Além disso, as fichas de atendimento não eram distribuídas para todos. Lá tinha pessoas que estavam desde as quatro horas da manhã esperando e de repente chegava outras depois das oito horas e entrava na fila nas vagas que comprou”, disse.

A Polícia Militar informou à imprensa que é necessário o registro de um Boletim de Ocorrências, no caso dessas pessoas que estão se sentido prejudicadas no acesso ao serviço bancário, visto que a Caixa Econômica é um órgão da administração púbica federal. Ao ser registrado um BO a PM encaminha o caso para a Polícia Federal na qual compete a investigação de possíveis crimes praticados contra instituições do governo. Nesse caso estamos falando de economia popular, na qual se há ilegalidade deve ser apurada e aos responsáveis aplicadas as penalidades da legislação vigente.
Já a agência da cidade se posiciona isentando-se de qualquer prática ocorrida fora das dependências bancárias. Simplesmente não é da responsabilidade da gerência intervir na prática de vendas de vagas.
Enquanto isso a novela da vida real continua a se arrastar por vários capítulos sem ter uma previsão para acabar. Principalmente agora com o anúncio de mais três parcelas de R$ 200,00 que possivelmente serão pagas aos trabalhadores informais é que vai se estender essa prática se não houver uma tomada de medidas eficazes por parte do Poder Público.
Redação AF News / Imagem: Reprodução