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‘Viúva da Mega-Sena’ é condenada a 20 anos por planejar morte do marido

A ex-cabeleireira Adriana Ferreira Almeida foi condenada, na noite desta quinta-feira (15), a 20 anos de prisão por ter planejado a morte do ex-marido, Renné Senna, ganhador da Mega-Sena, em janeiro de 2007. A sentença foi dada pelo juiz Pedro Amorim Gotlib Pilderwasser, titular da 2ª Vara Criminal de Rio Bonito, na Região Metropolitana do Rio, após três dias de julgamento. Adriana será presa e não poderá recorrer em liberdade por risco de fuga.

– Meu tio não vai voltar, mas a mandante foi condenada. Foram dez anos de espera. É muito tempo, mas a justiça foi feita. Tudo tem seu tempo – comemorou Cristiane Ribeiro Senna, 33 anos, sobrinha de Renné. O advogado de Adriana, Jackson Costa Rodrigues, disse que vai recorrer da sentença:

– Fiquei surpreso. Entendo que não havia provas. Vou impetrar recurso e pretendo anular o julgamento, com base nessa falta de provas, além de várias falhas na investigação e até documentos adulterados. Também vou recorrer para que ela possa aguardar esses recursos em liberdade.

A promotora Priscila Xavier disse ter ficado satisfeita com a sentença e não irá recorrer:

– O Ministério Público está satisfeito. No primeiro júri, ela foi absolvida, mas entendemos que havia provas suficientes, e o tribunal concordou. Dessa vez, achei a pena adequada e não vou recorrer, disse.

Adriana chegou a ser julgada em 2011, mas foi inocentada. Três anos depois, a sentença foi anulada pelo Tribunal de Justiça. Isso porque o motorista Otávio dos Santos Pereira, genro do milionário, denunciou quebra de incomunicabilidade de dois jurados. Segundo o Código de Processo Penal, nesses casos, é decretada a nulidade do julgamento, já que os jurados não podem ter contato entre si, com testemunhas ou com o mundo exterior, para evitar que sejam influenciados. Eles teriam ido a um posto de gasolina em frente ao hotel.

Os executores, Anderson de Souza e Ednei Pereira, ambos ex-seguranças de René, e que teriam sido contratados por Adriana, foram condenados em 2009 a 18 anos de prisão.

A morte do milionário: No dia 7 de janeiro de 2007, René estava num bar perto de sua fazenda quando dois homens encapuzados chegaram numa moto. O garupa efetuou vários disparos, matando o milionário na hora. Renné, que havia perdido as duas pernas por complicações de diabetes, foi atingido na nuca, na têmpora esquerda, no olho e no queixo. Adriana foi acusada pela família da vítima de ser a mandante da execução. (Fonte: O Globo:

Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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