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Concorrência injusta e dificuldades no escoamento do gesso produzido no Sertão do Araripe

O setor gesseiro do
Sertão do Araripe anda cansado de esperar pela Transnordestina. Embora as
promessas de que a ferrovia sairia do papel e mudaria a realidade da cadeia
produtiva pernambucana perdurem há pelo menos 15 anos, a verdade é que os
avanços logísticos continuam distantes. As estradas ainda deixam a desejar e a
carga sobre trilhos, uma realidade longe da concretização.
A prova está nos
números: enquanto uma tonelada de gesso importado da Espanha ou do México chega
ao Porto do Rio de Janeiro custando US$ 47, o produto sai do estado por algo
entre US$ 92 e US$ 94. A diferença é muito grande. A maior parte (US$ 82 por
tonelada) é para bancar os gastos com transporte, o que vem minando a pujança
de um segmento que movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano e responde por 13,8
mil empregos diretos, além dos cerca de 70 mil indiretos.
A solução alternativa e
temporária, segundo o presidente do Sindusgesso, Josias Inojosa Filho, é
recorrer ao aumento do Imposto de Importação. Desde 2006, a carga tributária é
de 4%, mas a alíquota já chegou a 29% no passado. Pelas regras da Organização
Mundial do Comércio (OMC), não pode passar de 35%.
A demanda foi discutida
pessoalmente com o ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges, e será
protocolada oficialmente hoje. Amanhã, uma nova reunião em Brasília tratará do
tema, que vem sendo acompanhado de perto pela bancada pernambucana no Congresso
Nacional.

Fonte:
Diariodepernambuco.com.br
Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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