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Deputados aprovam criação da Bancada Negra na Câmara

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (1) um projeto que cria a Bancada Negra na Casa.

Por se tratar de um projeto de resolução, o texto não precisa passar pelo Senado e será promulgado pelos deputados.

O projeto – de autoria dos deputados Talíria Petrone (PSOL-RJ) e Damião Feliciano (União Brasil-PB) – diz que representantes do grupo deverão participar, com os líderes, das reuniões convocadas pelo presidente da Câmara, com direito a voz e voto.

“Esse é um momento histórico, porque nosso país teve quase quatro séculos de escravidão, porque as duras estatística ainda chegam no corpo negro, seja na bala do estado nas favelas e periferias, na mortalidade materna, no feminicídio. Não estamos falando de direita ou esquerda, estamos falando da própria democracia do Brasil”, afirmou Talíria.
Além disso, o texto inclui no regimento da Casa o direito ao uso da palavra a um integrante do grupo durante o período destinado às comunicações de liderança no plenário, por cinco minutos semanais.

“Nós queremos ver pretos e pretas compondo essa casa e honrando nosso país”, afirmou o relator, deputado Antônio Brito (PSD-BA).

A proposta estabelece que a bancada terá um coordenação-geral e três vices. A eleição para os cargos será realizada todos os anos em 20 de novembro, dia da Consciência Negra.

“A gente vive um momento histórico nessa casa e na história do país”, comemorou a deputada Reginete Bispo (PT-RS). “Nós temos uma bancada negra diversa. Se faz urgente e necessário que essa bancada seja reconhecida nesta Casa”, disse.

Atualmente, há 31 parlamentares que, pelo critério racial, se declaram pretos e pretas e 91 deputados e deputadas que se identificam com a cor parda, o que corresponde a aproximadamente 24% dos 513 parlamentares.

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