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Desligados do Bolsa Família seguem angustiados sem o programa e com a possibilidade de ficar fora do auxílio emergencial


Por duas vezes o Ministério da Cidadania prorrogou os prazos previstos pela pasta para realizar o conhecido pente fino nos programas sociais, acontece que essa estratégia da equipe do governo Bolsonaro em evitar mexer nas atualizações do Cadastro Único não reflete nenhum benefício para aquelas 48 mil famílias que foram desligadas do programa criado pelo o ex-presidente Lula e que hoje se encontram em situação precária agravada pela pandemia. Visto que, a quantidade de famílias que integram o Bolsa Família hoje é muito inferior a grande parcela daquelas que foram desligadas no finalzinho de 2020 e inicio de 2021. E o pior de tudo é que muitos ficarão sem receber nem mesmo o auxílio que está sendo previsto o pagamento ainda nesse mês de março, isso por que, espera-se que 11 milhões de pessoas sejam excluídas dessa nova rodada, justamente pela redução de beneficiários e pela recusa em ser aceito novos cadastros. Na verdade mais outro pente fino foi feito nesse dinheiro emergencial. A partir da prorrogação para R$ 300,00 reais já houve a diminuição do público atendido e agora com esse novo auxílio que já está preste a ser consolidado, a tesoura dos cortes retorna como sendo uma marca do governo Bolsonaro. Enquanto isso, quem ficou de fora do Bolsa Família deve permanecer, pois tudo indica que com o agravamento da pandemia seja prorrogado mais uma vez essas medidas e os cadastros voltarão novamente aos armários.

Conhecido como um pacote de maldades, esse modelo de gestão em que os governos tiram dos mais pobres e acham que com isso fortalece a economia, já tem mostrado não surtir efeito. A população está cada vez mais desamparada, e nunca se viu na história desse país tantos cortes seguidos de brasileiros em programas de distribuição de renda como vemos atualmente. Isso nos leva a refletir sobre o caus social que se instalou no país após a pandemia, são dois problemas apresentados na sociedade onde o primeiro se sobrepõe ao segundo pela emergência de saúde pública vigente e este por sua vez, fica escondido dentro das casas representado pelo retrato de várias famílias que esperam por melhorias e dignidade. O medo é que com essa precarização na distribuição de renda gerada das riquezas produzidas aqui no país, haja um aumento na criminalidade com roubos a estabelecimentos e o espalhamento da fome entre os brasileiros. Já que o Brasil voltou a ficar abaixo da linha da pobreza com isto se instalou novamente uma miséria que há anos os governos tentaram combater.

Por enquanto o que se sabe é que existe a promessa de pagamento desse novo auxílio que durará 4 meses e até lá não haverá atualização de novos cadastros e nem reajustes no bolsa família, apenas este será um tempo para trassar uma estratégia para continuar a levar os cortes em diante sem que não seja percebido pela sociedade. Já que não temos mais o Minha Casa Minha Vida, Pronatec Bolsa Formação, Farmácia Popular e outros programas que desapareceram ao longo desse novo governo eleito democraticamente, comandado por um militar, e que serve de degustação mesmo que um pouco amarga, se transformando numa grande aprendizagem principalmente para os mais pobres que decidirão no ano que vem nas urnas os rumos desse Brasil sofrido.

Redação AF News / Opinião de Fabrício Feitosa / Imagem: Reprodução

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