InícioAraripina em FocoEstudante descreve momentos de horror ao ser atacado por abelhas no Centro...

Estudante descreve momentos de horror ao ser atacado por abelhas no Centro de Petrolina, PE

O estudante universitário Bruno de Melo foi uma das vítimas de um ataque de abelhas ocorrido no início da tarde de ontem (14) na Avenida das Nações, próximo ao Cemitério Campo das Flores, Centro de Petrolina, que deixou uma pessoa morta. Em relato a este Blog, ele relembra os momentos de horror que passou. Segundo Bruno, as abelhas se espalharam numa área entre o cemitério e o restaurante popular.

Eu estava passando de bicicleta e vi, de longe, um mulher se debatendo. Achei estranho, e de repente, estavam em cima de mim. Fiquei doido. Comecei a me coçar, passei o relógio na testa e até acabei me cortando. Perdi meu boné, meu óculos quebrou. Foi uma agonia. Só deu tempo eu correr pra casa. A sorte é que eu moro perto”, afirmou.

Morador do Bairro Atrás da Banca, Bruno disse que após chegar a sua casa, tomou um banho e se dirigiu à UPA em busca de atendimento. “Tomei um antialérgico e, até agora, está tranquilo”, completou o estudante, que disse ter levado pelo menos 20 ferroadas. Além de Bruno, o incidente deixou mais seis pessoas feridas, que foram encaminhadas também à UPA. Mas infelizmente nem tudo ficou apenas no susto. O ataque dos insetos deixou uma pessoa morta – um idoso de 71 anos.

Procurado pela reportagem, o diretor-presidente da Agência Municipal de Vigilância Sanitária (AMVS), Marcelo Gama, explicou que as abelhas são da espécie italiana, muito conhecida na região. Ele informou que o 4º Grupamento do Corpo de Bombeiros (GCM) havia pedido apoio da equipe da AMVS, por volta do meio-dia, e Marcelo se prontificou de imediato. Segundo o gestor, o enxame foi localizado numa das sepulturas do cemitério e provavelmente alguém teria mexido no local, porque não é comum abelhas atacarem dessa forma.

Marcelo explicou também que a retirada só pode ser feita à noite, quando as abelhas voltam e ficam em repouso. “Encaminhamos nossa equipe de resgatistas do SOS Abelha, e saímos por volta das 21h. Pelo que os resgatistas falaram, se tratava de um enxame bem antigo, que estava dentro de uma cova. Enquanto ninguém mexeu com ele, ele nunca mexeu com ninguém”, destacou.

Antônio Carlos Miranda / Imagem: Reprodução

RELACIONADOS