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História de Araripina: CERU celebrou 45 anos de existência. Eu faço parte dessa história

Há cerca de 15 dias passei em frente a Escola de Referência em Ensino Médio Luiz Gonzaga Duarte, antigo Centro de Educação Rural Luiz Gonzaga Duarte, ou simplesmente – CERU, deparei-me com fotos antigas em sentido cronológico, contando em uma exposição a história dessa Unidade de Ensino que marcou tantas vidas, inclusive ao do autor deste, que cursou o Científico (Ensino Médio) no mesmo e que traz lembranças que nem o tempo consegue apagar.

Alguns “versos livres” que resolvi improvisar para preambular a minha dissertação, é um pouco da nostalgia para também homenagear esse quase cinquentão que, recheado de muita história, transforma as nossas vidas em capítulos que para todos nós que somos parte e protagonistas são eternos.

E nesses quarenta e cinco anos de história, não poderia esquecer daqueles que construíram-na com toda maestria e que pude rebuscar na memória alguns deles: As aulas de Comércio com a professora Vilani Batista; as aulas de Técnicas Agrícolas com Elísio Jaques; as aulas de Educação Artística com a professora Icléia Cunha, que fazia dos seus ensinamentos, um momento de acolhimento e ternura; as aulas de Desenho Geométrico que nunca conseguimos decifrar, com Socorro Cordeiro (Cota); as aulas de Religião com Dona Filomena, que era o momento de cochilar e muito; as aulas de geografia e história com Dona Graça Pereira e Telma Mendes; de inglês com Verdinilde; de matemática com professora Adalgiza, carrasca como a própria disciplina para quem não tem afinidade. Nunca entendi muito bem sobre raiz quadrada, aquelas equações enormes que mais pareciam um emaranhado de números, que davam um nó nas nossas cabeças, são filmes bastantes vivos nas nossas mentes que conseguimos através dos dedos, transformar em texto, conteúdo, em saudade. Eterna saudade!

E quantas saudades nos fazem reviver depois de quarenta e cinco anos dessa gloriosa unidade escolar que por muitos anos viu passar por ali os melhores inquilinos que a nossa cidade pode acolher como: José Ramos, Falcone, Armando Arruda, Jânio, Boa Ventura, dona Lali (a nossa querida professora de Língua Portuguesa), Marinildes, Darlan, Cirlê, Maria Ramos, Ivone Goiana, . Ramalho, Marcílio, Conceição, Dona Assisinha, Corina, dona Didi, Seu Valério, Sebastião Lacerda, Eva, e ainda podíamos aqui, lembrar de tudo que temos vontade de puxar pela faculdade de conservar e lembrar estados de consciência passados, para que a ingratidão não nos tire a afeição, mas é muita informação que temos recolhida que somente a saudade nos faz relembrar e trazer à tona.

E como não bater a saudade dos desfiles históricos promovidos pelo CERU, dos eventos de formatura, dos palcos para muitos festejos juninos, das apresentações culturais, das tantas experiências, dos avanços conseguidos com as implantações dos laboratórios experimentais. O CERU é tudo isso, além dos palcos para celebrar a democracia com as seções eleitorais em dias de eleições. Eu sou um remanescente daquela entidade tão celebrada, tão merecidamente festejada, tão majestosa que nos dias de aula inaugural, os seus muros se transformavam nos quintais das nossas casas e que de tão acolhedora, virou Escola de Referência de Ensino Integral.

Cinco de abril de 1977 – onde a história começa, onde a estrutura se ergueu para acolher, educar, cultivar e entregar aquela juventude ao mundo, mesmo em um tempo em que, principalmente para os filhos dos pobres, terminar o Ensino Médio, ou o Científico, era o fim de uma batalha árdua que começava para tentar ao menos um espaço em um mercado de trabalho tão limitado.

Viva o CERU, o meu velho e bom CERU!

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