médico ginecologista suspeito de abusar sexualmente de uma menina de 10
anos foi preso na noite deste domingo (18), na cidade do Crato. De
acordo com relato da mãe à polícia, Charles Lawrence Guimarães beijou um
dos seios da garota durante uma consulta médica no domingo. A criança
foi levada pela mãe ao atendimento de emergência do hospital da cidade
com sintomas de virose.Segundo
a titular da Delegacia da Mulher do Crato, Fernanda Gomes de Matos, no
depoimento, a mãe contou que o médico levantou a blusa da garota para
fazer a auscultação com o estetoscópio. Em seguida, encaminhou a menina
para tomar medicamentos e pediu que ela retornasse no fim da medicação.
Quando a garota e a mãe retornaram ao consultório, o médico – já sem
estetoscópio – retirou a blusa e o sutiã da garota, aproximou o rosto do
seio da menina e, no final beijou o seio esquerdo.
“A
mãe disse que questionou o exame, mas o médico teria dito que precisava
averiguar os batimentos cardíacos da menina e que estava sem
estetoscópio. A mãe até se prontificou a buscar – em outro setor do
hospital – o aparelho, mas o médico disse que não havia necessidade”,
disse a delegada. De acordo com a delegada, quando a mãe questionou o
beijo, o médico negou que tivesse beijado o seio da garota.
A
mãe chamou a polícia e o médico foi levado pelos policiais do Ronda do
Quarteirão para a Delegacia da Mulher onde ele foi ouvido. “O médico
negou as acusações, mas como ele caiu em muitas contradições, foi
indiciado por estupro de vulnerável”, diz a delegada. Como o médico foi
preso em flagrante, deve permanecer detido por até 90 dias. “Se o médico
conseguir o relaxamento da prisão, eu tenho prazo de 10 dias para
concluir o inquérito”. Se ele permanecer preso, o prazo aumenta para 30
dias.
Para
a delegada, com os depoimentos da mãe e do médico, a tendência é de que
o indiciamento permaneça. “Segundo os policiais que atenderam a
ocorrência, o médico chegou a pedir desculpas à mãe da menina e quando
perguntei o porquê do pedido, ele disse que foi pelo mal entendido.
Apesar de ser a palavra da mãe contra a palavra do médico, eu não
acredito que uma mãe invente uma história dessa e exponha a criança se o
fato não tivesse, realmente, acontecido”, diz.
Fonte: G1 CE