InícioAraripina em FocoOposição avança e pernambucanos querem tirar o PSB do poder em 2022

Oposição avança e pernambucanos querem tirar o PSB do poder em 2022

Coluna do Diego Lagedo: Na pesquisa eleitoral realizada pelo Múltipla Pesquisa e Consultoria, que foi divulgada pela Rede Pernambuco de Rádios e pelo Blog do Alberes Xavier, ficou evidente que o povo pernambucano busca a mudança em 2022. No próximo ano, o PSB completa 16 anos no poder, mas o governo de Paulo Câmara tem deixado Pernambuco atrás de outros estados do Nordeste em diversos indicadores de desenvolvimento. A estagnação e, por vezes, retrocesso do estado está sendo sentida por todos os pernambucanos, o que aumenta as chances da oposição vencer a eleição para o Governo de Pernambuco.

O levantamento divulgado por Alberes Xavier mostrou a consolidação do sentimento que já é generalizado nas ruas. A soma das intenções de voto dos pré-candidatos da oposição supera a soma dos pré-candidatos do PT e do PSB em todos os cenários testados. No cenário mais completo, em que a oposição apresenta os nomes de Anderson Ferreira (PL), Clarissa Tércio (PSC), Miguel Coelho (DEM) e Raquel Lyra (PSDB), o bloco soma 38,2% das intenções de voto. Já a soma do PT, com Humberto Costa, e do PSB, com Geraldo Júlio, só alcança 25,7% das intenções de voto. Em outro cenário, com Marília Arraes representando o PT, a esquerda somou 31% das intenções de voto, contra 36,9% da oposição.

O grande derrotado nesse levantamento foi o PSB, que não aparece com intenções de voto suficientes para ser protagonista na eleição para o Governo de Pernambuco em 2022. É esse fato, já apontado por outras pesquisas, que deve estar fazendo com que Geraldo Júlio afirme que não será candidato no próximo ano, para desespero dos socialistas, que não têm outro nome como alternativa. Tudo indica que, finalmente, o domínio do PSB em Pernambuco irá chegar ao fim.


Oposição: O campo oposicionista em Pernambuco está formado entre dois grandes grupos. De um lado, há a pré-candidatura de Miguel Coelho, que agrega o DEM, o PSL, o Podemos e parte do MDB. Do outro lado, Anderson Ferreira e Raquel Lyra aglutinaram o PSDB, o PL, o PSC e o Cidadania. Ainda não é possível saber se esses dois blocos irão se unir em torno de uma única candidatura, mas a tendência atual é que sigam divididos.

Reforma Eleitoral: O Senado Federal aprovou parcialmente a PEC da Reforma Eleitoral, que já valerá para o ano que vem. As mudanças estabelecidas foram mínimas, com destaque para a contagem em dobro dos votos das mulheres e negros na divisão do fundo eleitoral e a mudança da posse do presidente da República para o dia 5 de janeiro. O mais importante nessa reforma é o que não foi aprovado, tendo em vista que as coligações partidárias seguem proibidas.

PGR: Após indicação do presidente Jair Bolsonaro, Augusto Aras foi reconduzido na Procuradoria-Geral da República. Na cerimônia, o PGR defendeu a autocontenção do Ministério Público: “O autocontrole coíbe eventual e indevida militância partidária ou eventualmente ideológica que porventura prejudique a imparcialidade com que devemos atuar”. Aras também defendeu que não se deve criminalizar a política, mas apenas combater o crime na política: “Quem não faz política faz guerra e não queremos guerra, queremos paz e harmonia sociais”.


Diego Lagedo é historiador e especialista em Gestão Pública. A sua coluna aborda temas políticos e é publicada de segunda a sábadosendo replicada em diversos blogs de Pernambuco.

Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR.

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