Mais de cem pessoas foram atendidas no Hospital Correia Picanço, no bairro da Tamarineira, na Zona Norte do Recife, após relatarem terem sido agredidas com seringas de agulhadurante o carnaval no Grande Recife, até a manhã desta quinta-feira (7), segundo a unidade de saúde. O resultado do exame realizado nas vítimas não foi divulgado.
A Polícia Civil de Pernambuco abriu um inquérito para investigar os casos e está montando uma delegacia móvel na unidade de saúde para facilitar que a população registre as denúncias.
“É um movimento atípico, totalmente excepcional. Fugiu muito do que é o nosso padrão de número de atendimentos, principalmente por ser uma época de feriado. Então, leva a crer que aconteceu alguma coisa fora do comum”, explica o diretor médico do hospital, Thiago Ferraz.
O hospital é referência no atendimento de doenças infecto-contagiosas. Segundo Ferraz, até a manhã da quarta-feira (6), eram 25 atendimentos. Nas 24 horas seguinte, o número é, ao menos, quatro vezes maior.
“Após a divulgação das notícias, mais pessoas vieram ao nosso atendimento. Do plantão de ontem [quarta] até as 7h de hoje [quinta], a gente passou para mais de 100 pessoas sendo atendidas com a queixa de que sofreram algum tipo de agulhada furada durante o carnaval”, afirmou Ferraz.
As pessoas chegam com relatos de terem sido furadas, principalmente, nas costas e no braço. “O ferimento é uma lesão puntiforme, é um ponto no braço nas costas. Parece como se tivesse recebido uma vacina ou injeção”, explicou.
Reprodução: G1.