ex-ministra Marina Silva, da Rede Sustentabilidade, disse na madrugada desta
terça-feira, durante entrevista ao apresentador Jô Soares, no Programa do Jô,
da TV Globo, que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, se
aprovado, cumpriria uma “formalidade”, mas não sua “finalidade”.
Michel Temer (PMDB) assumisse, segundo ela, ocorreria um “bololô”. A expressão
foi usada antes pelo apresentador, para se referir à possibilidade de
afastamento da presidente e do vice, que provocaria, segundo ele, uma confusão
ainda maior que o impeachment. Para Marina, no entanto, Dilma e Temer têm
responsabilidades equivalentes pela atual crise. “Os dois partidos (PT e PMDB)
estão implicados igualmente”, afirmou Marina.
defender que a melhor saída para a crise seria a impugnação da chapa
Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que provocaria novas
eleições se ocorresse ainda em 2016.
como candidata e perguntou se ela já teria escolhido nomes para o Ministério.
tomado qualquer decisão. “Não é uma mentira branca nem mentira negra ou preta”,
disse a ex-ministra, rejeitando a insinuação de que ela estaria escondendo suas
pretensões. “É a mais profunda verdade e pago um preço muito alto quando digo
que não sei se serei candidata. Meu objetivo de vida não é ser presidente, é
ver o Brasil melhor”, afirmou.
Dilma sob ameaça, PT mira em Marina e Aécio no TSE
Sustentabilidade afirmou que pensa na possibilidade de concorrer ao Planalto,
mas que não quer “instrumentalizar” a crise. “O mais importante é dar
contribuição genuína. (…) Não fico ligada em pesquisa de opinião. É um registro
de um momento. E é um momento muito delicado da vida do nosso país, com
inflação, desemprego, juros altos e descrença nas lideranças políticas”,
afirmou a ex-ministra.
presidente em 2010, pelo PV, e em 2014, pelo PSB – na vaga herdada de Eduardo
Campos, morto em desastre aéreo durante a campanha.