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Sindicato dos Policiais Civis de PE é processado pelo Governado do Estado e diretoria acusa SDS de perseguição política

Após bater de frente com o
Governo de Pernambuco ao denunciar a situação defasada em que se encontram as
delegacias e IMLs do Estado, o Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol)
começou a sofrer algumas penalizações impetradas pela administração estadual.
O presidente do Sinpol,
Áureo Cisneiros (foto) e outros diretores são alvos de Processos
Administrativos Disciplinares (PADs). Em nota, a categoria acusa a Secretaria
de Defesa Social (SDS) de sofrer perseguição e censura.
Acompanhe:
No dia 11 de março a
diretoria do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol) foi
surpreendida com a publicação de cinco Processos Administrativos Disciplinares
(PADs) contra seu Presidente Áureo Cisneiros e outros diretores. Todos os
processos são movidos em razão das atividades e da luta sindical dos diretores
do Sinpol e caracterizam-se como perseguição política.
Durante todo o ano de
2015, com a combatividade que lhe é característica, o Sinpol lançou a Operação
Polícia Cidadã, como parte da luta por valorização dos policiais, melhoria nas
condições de trabalho e ganhos salariais, denunciando a caótica situação das
delegacias e institutos de polícia nos municípios pernambucanos, inclusive
tendo realizado um levantamento em diversas unidades policiais em todo o
Estado, apresentando ao final um Dossiê da situação de precariedade de
funcionamento da Polícia Civil, escancarando a difícil realidade cotidiana dos
policiais e da população que precisa do atendimento.
O Sinpol denunciou o
completo abandono das três unidades do IML (Instituto de Medicina Legal) no
Estado, do Instituto Tavares Buril, do Instituto de Criminalística e demais
unidades policiais e exatamente por posicionar-se em defesa dos profissionais
de segurança e ao lado da população pernambucana, daqueles que precisam dos
serviços policiais justamente nos momentos mais críticos de suas vidas,  é que os diretores do Sinpol estão sendo
perseguidos pela Corregedoria da Secretaria de Defesa Social, inclusive, com
possibilidade  de expulsão dos quadros da
Polícia Civil.
Além do Presidente Áureo
Cisneiros e do vice-presidente Rafael Cavalcanti, os diretores Douglas Lemos,
Umbelino Neto, Tiago Batista, Roseno Pereira e Benoni Ozório estão sendo
acusados pela Corregedoria de diversas práticas contra o funcionamento da
instituição.
Contra eles foi instaurado
um processo disciplinar por denunciarem que servidores administrativos poderiam
estar cometendo crime de usurpação de função de polícia civil. Outro processo
foi instaurado porque os diretores do Sinpol denunciaram a precária situação da
unidade do IML em Caruaru. Ainda outros dois procedimentos foram instaurados
por terem denunciado as precaríssimas condições de trabalho na unidade do IML
no Recife.
E como se não bastassem,
diretores estão sendo processados por tecerem críticas ao combalido Pacto pela
Vida, estando o Presidente Áureo Cisneiros processado pelo próprio Governador
Paulo Câmara por críticas políticas feitas durante atos públicos.
O caso de Áureo Cisneiros
é mais sério, pois mesmo antes de assumir a presidência do Sinpol já havia um
processo disciplinar flagrantemente de perseguição contra ele, pois ainda em 2012
ele foi transferido da zona da mata norte, onde vivia e trabalhava, para o
sertão, por já estar reivindicando melhores condições de trabalho para a
Polícia Civil. Também teve seus horários de trabalho modificados por diversas
vezes para impedi-lo de participar de movimentos de reivindicações e foi
processado por liderar um movimento grevista naquele mesmo ano.
Por todos estes e outros
motivos vimos a público externar com nossa maior veemência repúdio a estes atos
governamentais que flagrantemente atentam contra os direitos à livre
manifestação de consciência, de liberdade e de exercício de mandato classista,
acreditando que tais atos se configuram um atentado contra o estado democrático
de direito, contras os quais tomaremos todas as medidas judiciais cabíveis,
responsabilizando por fim, um a um, aqueles que se prestam ao serviço de tentar
amordaçar os que nada têm feito senão expor a vergonhosa situação da segurança
pública no Estado de Pernambuco.

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Allyne Ribeiro
Allyne Ribeirohttps://araripinaemfoco.com
Diretora de Edição e Redação de Jornalismo
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