O Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) e determinou, na terça-feira (28), a abertura de inquérito visando apurar crime de racismo cometido pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. A demanda foi aceita pelo ministro Celso de Mello.
No início do mês de abril, Weintraub, através de uma rede social, acusou que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo coronavírus. Após repercussão negativa, o texto foi apagado.
A próxima etapa passa pelo depoimento do ministro sobre o caso. Na decisão, Celso de Mello deixou explícito que Weintraub, falando como investigado, não tem prerrogativa de definir quando e onde será ouvido, como indicou a PGR.
De acordo com o vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, a conduta do ministro é punível com um a três anos de prisão e multa, e configura, em tese, infração penal prevista na lei que define os crimes resultantes de preconceito.
Ainda, o STF autorizou a obtenção dos dados referentes ao acesso usado para publicar o post. O prazo para conclusão das investigações é de 90 dias.
A postagem
Na publicação, Weintraub indica que a China vai sair “relativamente fortalecida” da crise do coronavírus e que isso condiz com os planos do país de “dominar o mundo”.
“Geopolíticamente [sic], quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PodeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível do Cebolinha paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?”, escreveu Weintraub.
Diário de PE / Imagem: Reprodução
