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AS INSTITUIÇÕES REPUBLICANAS SÃO CORPORATIVISTAS

 

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caso de Renan Calheiros (PMDB), presidente do Senado, que agora vira réu no STF por desvio de dinheiro público, pode trazer muita discussão principalmente porque ele foi um dos mentores principais para que o projeto das medidas anticorrupção passasse na câmara de forma desfigurada e, acrescendo como emenda a punição ao abuso de autoridade. Isso claro, deixou os magistrados ferozes.

A quem diga que o processo para abrir uma ação penal para transformar Calheiros em réu, é uma retaliação evidente do supremo, o que deixa uma lacuna aberta para indagações do porquê isso não ter acontecido muito antes, já que  uma das denúncias tramita desde 2013,  e o presidente Renan Calheiros é acusado de prestar informações falsas ao Senado em 2007, além de ser alvo de 12 inquéritos e também sofreu uma ação de improbidade administrativa na primeira instância, na 14ª Vara Federal.

O ministro do STF Gilmar Mendes que partiu em defesa do Congresso pela aprovação do projeto e elogiou a supressão  dos itens que tratam de habeas corpus e aceitação de provas ilícitas, provou o que o título do nosso artigo condiz com o que realmente abordamos. E o próprio ministro que ironiza quando diz que “não podemos canonizar iniciativas popular”, usa dois pesos e duas medidas porque o mesmo, defendeu fervorosamente essas iniciativas quando se pedia o impeachment da ex-presidente da República Dilma Roussef.

Agora para ele o povo é burro.

Os procuradores da Lava-jato também tropeçaram feio quando em público usam do proselitismo e não dão exemplo de impessoalidade ou de dever público de agentes públicos a serviço da nação, dizendo que vão renunciar o que significa paralisar a lava-jato, operação em curso que tem passado o Brasil a limpo.

Podemos aqui e vamos sempre defender esses implacáveis promotores da justiça e da ordem que colocaram muito bandido de colarinho branco atrás das grades e não podemos (nós o povo brasileiro) se cansar de defendê-los.

Mas o próprio Ministro Gilmar Mendes em sua retórica na Tribuna do Senado avisa que é preciso combater o abuso de autoridade não só dos juízes, dos promotores, mas do agente policial que se utiliza da farda para agredir o cidadão. E vamos muito mais além quando o assunto interioriza e a voz das pessoas que precisam ser ouvida é abafada justamente por esses que são obrigados a melhorar a ação do judiciário a partir dessas bases. Isso tudo tem facilitado e atraído adeptos da igualha de Renan Calheiros para fragilizar as ações do judiciário e muitas vezes ficamos no meio desse fogo cruzado mesmo sabendo quem deve proteger o povo desses malfeitores da política brasileira.

Agora se entende perfeitamente e se prega “que a sociedade precisa estar alerta as estes fatos”, por isso também entendemos que o Ministério Público, aqui no nosso interiorzão sacrificado e massacrado pelos políticos arbitrários, perseguidores e usurpadores, precisa agir mais quando estes praticam atos claros e ilícitos e não se sentem incomodados pelo braço da justiça.

E tenho dito.

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