MAGAZINE LUÍZA chegando e com isto alterando ainda mais o mapa comercial na região de tríplice fronteira, da qual Araripina é a cidade polo de forma absoluta – exceto na cabecinha de alguns governos que medem a distância entre o povoado de Caririmirim e o próximo hospital público que miseravelmente disponibiliza para a nossa gente mais sofrida.
MAGAZINE LUÍZA, por ironia do destino, se instala no prédio da antiga casa Alexandre, a que foi mais completa e que mais vendeu em toda região(de geladeira a bicicleta; de cama a antena parabólica; de cimento ao mais difícil parafuso; de chapéu panamá a rádio ABC) enquanto seu Antônio Carlos gozou de saúde plena. Por ironia maior ainda, se instala ao lado da Loja Cearense, a mais antiga e tradicional de móveis requintados da região, empresa que pelo próprio nome explica bem o que é ser de Araripina, a capital dessa terra abençoada, de gente empreendedora que melhor ilustra o que é ser e pertencer a três estados amigos e vizinhos (PE/PI/CE), servir aos três e ao mesmo tempo se servir deles, com entrega plena e sem reservas.
MAGAZINE LUÍZA chega, portanto, para trazer clientes de ainda mais longe e não para enfraquecer nossas lojas tradicionais, pois não é de hoje que o movimento de gigantes se aproxima e se fixa na capital do Araripe.
Moral da história: Só o governo não enxerga o que o mercado explora. Só o governo não entende que é preciso investir na mais bela entrada do Estado pelo Oeste. Um dia o palácio reabre esse olho míope e chega com serviços de saúde, educação, segurança e infraestrutura e pede perdão pelo atraso e lerdeza. Que chegue logo e não insista em esperar pela volta de invernos rigorosos e fartura, nem pela volta da neblina gelada que cai entre maio e agosto.
Ronaldo Lacerda de sua página no facebook
