ocupavam a reitoria da UFPE desde segunda-feira deixaram o prédio por volta das
3h desta quinta-feira. Eles saíram cerca de duas horas e meia depois que a
Polícia Militar e a Polícia Federal chegaram para cumprir uma ordem de
reintegração de posse expedida pela Justiça Federal. Ao saírem, os
manifestantes gritam “o HC é nosso!” e “Ebserh é
privatização!”. Os manifestantes chegaram a desobedecer um ultimato dado
pela PM para que saíssem até as 2h – sob pena de ser usada a força – mas depois
reconsideraram a ideia de permanecer no local.
manifestantes, a imprensa não teve acesso à parte interna do prédio, mas mesmo
de fora foi possível ver que havia bebedouros, armários e caixas de
ar-condicionado quebrados. Uma delegada da Polícia Federal, dois oficiais de
Justiça e o major da PM Ivanildo Torres, que comandou as negociações, entraram
na reitoria para averiguar o estado do prédio.
ocupou a reitoria para protestar contra a contratação da empresa Ebserh,
vinculada ao MEC, para atuar na gestão do Hospital das Clínicas da UFPE.
ficou tenso já no início da noite, após quase duas horas de uma tumultuada
reunião entre estudantes e o reitor Anísio Brasileiro. Quando Brasileiro
deixava o local, uma bomba explodiu no fundo do prédio, causando pânico. O
reitor sair escoltado pelos seguranças da universidade.
é a anulação do resultado do conselho universitário, que aprovou, na última
segunda-feira, a adesão da administração do Hospital das Clínicas à Ebserh.
Para os estudantes, o repasse da administração
para a Ebserh significa a privatização da unidade de saúde, o que é negado pela
reitoria. A empresa é pública, diretamente vinculada ao Ministério da Educação
(MEC), constituída por recursos 100% públicos e submetida ao controle dos
órgãos públicos. Ela tem como finalidade a prestação de serviços gratuitos de
assistência médico-hospitalar, ambulatorial e de apoio diagnóstico e
terapêutico à comunidade, assim como a prestação às instituições públicas
federais de ensino.
A criação da empresa foi a solução apontada pelo
governo federal para solucionar os problemas encontrados nos hospitais
universitários federais de todo o país, tais como infraestrutura física
precária, parque tecnológico desatualizado, insuficiência de recursos humanos,
financiamento inadequado e dificuldades na gestão, o que também é o caso do
Hospital das Clínicas.